"Tears in Heaven" é uma canção profundamente emocional escrita por Eric Clapton e Will Jennings, inspirada na trágica morte do filho de Clapton, Conor, de apenas 4 anos.

Lançada em 1991, a música fez parte da trilha sonora do filme Rush e foi performada por Clapton no MTV Unplugged em janeiro de 1992, posteriormente aparecendo em seu álbum Unplugged.

Anos de perdas devastadoras

Os anos 90 começaram de forma devastadora para Clapton. Em agosto de 1990, ele perdeu seu empresário, dois roadies e o amigo e músico Stevie Ray Vaughan em um acidente de helicóptero.

Apenas meses depois, em 20 de março de 1991, seu filho Conor morreu tragicamente ao cair do 53º andar de um prédio em Nova York.

O trágico acidente

Lory Del Santo, mãe de Conor, estava em Nova York a pedido de Clapton. No fim de semana anterior ao acidente, Clapton levou Conor ao circo, e ambos estavam extremamente felizes após o passeio. 

No dia seguinte, enquanto Del Santo se preparava no banheiro e Conor brincava com a babá, o zelador avisou sobre as janelas que estavam sendo limpas.

Conor correu em direção a uma janela aberta e caiu.

Reação de Clapton

Em seu documentário "Eric Clapton: A Life in 12 Bars", Clapton descreveu a dor e o desespero que sentiu ao saber da morte do filho por telefone.

"Senti como se saísse de mim mesmo, não podia entender, não podia assumir", disse Clapton.

Ele comentou que o breve tempo que passou com Conor antes do acidente o fez perceber a importância de amadurecer e ser pai.

Criação de "Tears in Heaven"

A dor levou Clapton a escrever "Tears in Heaven" nove meses depois da tragédia, enquanto abria cartas de fãs.

Entre as cartas, havia uma de Conor, enviada de Milão antes de sua temporada em Nova York. Clapton explicou que a música o ajudou a lidar com a dor e se tornou uma forma de honrar o filho.

Sucesso e impacto da canção

"Tears in Heaven" alcançou o nº2 da Billboard Hot 100 e ficou entre os top 10 em mais de 20 países. A canção ganhou três Grammys, incluindo Música do Ano e Gravação do Ano, e é classificada como a 362ª Melhor Música de Todos os Tempos pela Rolling Stone.

Reflexões de Clapton e Lory Del Santo

Para Clapton, a música se tornou uma parte dolorosa de seu processo de luto. Desde 1992 até 2004, ele a apresentou em todos os shows, mas eventualmente decidiu parar, pois a música já não o emocionava como antes.

Por outro lado, Lory Del Santo nunca conseguiu ouvir "Tears in Heaven" e evita a canção, como relatou à BBC.

"Tears in Heaven" permanece um testemunho comovente do amor e da perda, marcando um dos momentos mais difíceis na vida de Eric Clapton.

Ouça abaixo a música que surgiu da tragédia

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