Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Humberto Gessinger, vocalista e líder da banda Engenheiros do Hawaii, compartilhou suas reflexões sobre a nostalgia dos anos 80 e o impacto das mudanças na música brasileira.
Gessinger, agora em carreira solo, destacou que idealizar as canções daquela época ignora a responsabilidade dos próprios artistas sobre o que veio depois.
Nostalgia e responsabilidade
"Acho engraçado, ninguém que fala isso se sente responsável pela maneira como o mundo ficou. É como: 'eu fiz a minha parte direitinho, se está uma merda agora não tem nada a ver comigo'", afirmou Gessinger.
Ele acredita que cada geração precisa lidar com seu próprio tempo e que romantizar o passado não faz sentido.
Mudanças no cenário musical
Ao ser questionado sobre o domínio do sertanejo e do funk no Brasil, Gessinger foi direto: "Talvez o Brasil seja isso, né? Talvez fosse uma ilusão outro tipo de música iluminar."
Apesar das mudanças no cenário musical, ele vê vantagens no momento atual: "Se estivéssemos nos anos 80, meu primeiro disco não estaria disponível, estaria fora de catálogo, mas hoje está aí, acessível." Para ele, o acesso ao público hoje é mais direto e independente.
Foco no presente
Gessinger enfatizou que não sente saudade daquela época e que seu foco está no presente. "Não tenho a menor saudade daquela época", disse ele, destacando que não tem apego ao passado ou às exigências do mercado.
Pressão para Reunião dos Engenheiros do Hawaii
Sobre a pressão para reunir os Engenheiros do Hawaii, Gessinger minimizou o assunto: "Cada vez que as pessoas conhecem mais o trabalho que estou fazendo, menos forte fica esse ruído. Foram sete anos da minha carreira, legais pra caramba, mas ela tem 40."
Segundo Gessinger, a insistência nesse tema é mais comercial do que artística.
Veja abaixo a apresentação de Humberto Gessinger com a música "A Revolta dos Dândis I" durante a gravação do "DVD Ao Vivo Pra Caramba", em Porto Alegre, no ano de 2017.
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