Um registro para os 64 anos de Herbert Vianna
Líder dos Paralamas do Sucesso segue como um dos nomes mais respeitados da música brasileira
Por LockDJ
Publicado em 04/05/2025 20:01 • Atualizado 04/05/2025 20:02
Música
Herbert Vianna celebra 64 anos ainda com muita energia.

 

Neste domingo, 4 de maio, Herbert Vianna completa 64 anos. Líder dos Paralamas do Sucesso, cantor, compositor e guitarrista, ele é uma das figuras mais influentes da música brasileira desde os anos 1980. Sua carreira atravessa décadas, mudanças sonoras e desafios pessoais, mantendo uma presença constante nos palcos e nas composições que marcaram gerações.

 

Filho de Hermano Paes Vianna e Maria Teresa Lemos de Souza Vianna, Herbert nasceu na Paraíba, mas mudou-se ainda criança para Brasília por conta da carreira militar do pai, que era brigadeiro. Lá conheceu Bi Ribeiro, com quem mais tarde formaria os Paralamas do Sucesso.

 

A mudança para o Rio de Janeiro, para fazer um curso pré-vestibular, marcou a formação definitiva da banda, inicialmente com o baterista Vital Dias — depois substituído por João Barone.

 

A música "Vital e Sua Moto", composta por Herbert em homenagem ao ex-baterista, tornou-se o primeiro sucesso da banda e garantiu um contrato com a gravadora EMI.

 

Apesar de os Paralamas terem surgido no Rio, são frequentemente associados à chamada "turma de Brasília", que inclui Legião Urbana, Capital Inicial e Plebe Rude — banda para a qual Herbert também produziu dois discos: O Concreto Já Rachou (1986) e Nunca Fomos Tão Brasileiros (1987).

 

Nos anos 1990, Herbert iniciou uma carreira solo paralela, lançando Ê Batumarê (1992), seguido por Santorini Blues (1997) e O Som do Sim (2000), com participações de nomes como Cássia Eller, Fernanda Abreu, Nana Caymmi, Sandra de Sá e Marcos Valle.

 

Durante sua vida pessoal, namorou por anos Paula Toller, do Kid Abelha, até 1984. Mais tarde, casou-se com a jornalista inglesa Lucy Needham, com quem teve três filhos: Luca, Hope Izabel e Phoebe Rita.

 

O acidente e a reconstrução

 

Herbert sempre teve interesse por pilotar ultraleves e helicópteros. No dia 4 de fevereiro de 2001, sofreu um acidente aéreo em Mangaratiba, quando o ultraleve que pilotava caiu no mar após uma tentativa de looping. Lucy, sua esposa, morreu no acidente.

 

Herbert ficou internado por 44 dias, parte deles em coma, e saiu do episódio com sequelas motoras permanentes e perda parcial da memória. No hospital, comunicava-se em inglês e francês até recuperar a fluência no português.

 

O músico moveu uma ação contra o fabricante da aeronave, alegando falha na estrutura da cauda. Perícia do ITA comprovou que o material usado apresentava degradação sob altas temperaturas. O fabricante admitiu a falha e ofereceu uma indenização de R$ 400 mil.

 

Apesar das sequelas, Herbert retomou sua carreira. Gravou com os Paralamas os discos Longo Caminho (2002), Uns Dias Ao Vivo (2004), Hoje (2005), Brasil Afora (2009) e Sinais do Sim (2017). Também lançou um álbum solo após o acidente, Victoria, e seguiu participando de diversos projetos.

 

Reconhecimentos e homenagens

 

Em 2018, Biquíni Cavadão lançou Ilustre Guerreiro, álbum dedicado a canções compostas por Herbert Vianna, que sugeriu o nome da banda na década de 80. Em 2020, o artista foi o vencedor do Prêmio UBC, da União Brasileira de Compositores. No mesmo ano, lançou o álbum solo HV Sessions – Vol. I, com releituras em inglês de músicas que marcaram sua trajetória. Em 2022, participou do álbum Tudo que já estava escrito, da cantora Thathi.

 

Aos 64 anos, Herbert Vianna segue como um dos nomes mais respeitados da música brasileira. Compositor prolífico, artista resiliente e figura presente na história recente da cultura nacional, sua trajetória une talento, reinvenção e permanência.

 

Para celebrar os 64 anos de Herberth Vianna, uma performance ao vivo da música Lanterna dos Afogados

 

Comentários
Comentário enviado com sucesso!