Nesta quinta-feira, 15 de maio de 2025, o músico e compositor britânico Mike Oldfield completa 72 anos. Nascido em Reading, Berkshire, em 1953, Oldfield construiu uma trajetória marcada pela experimentação musical, explorando estilos diversos como o rock progressivo, a música folk, étnica, clássica, eletrônica e new age. A complexidade composicional se tornou uma assinatura de sua obra, que continua a influenciar músicos e ouvintes ao redor do mundo.
Oldfield começou sua carreira ainda jovem. Autodidata, aprendeu a tocar diversos instrumentos e aos 20 anos lançou Tubular Bells (1973), um álbum composto por duas longas faixas instrumentais, que viria a se tornar um marco do rock progressivo e da música instrumental moderna. A obra alcançou grande sucesso comercial, superando os 18 milhões de cópias vendidas. Em seguida, o artista seguiria explorando formas pouco convencionais de estrutura musical, como em Ommadawn (1975) e Amarok (1990), este último um projeto de uma hora contínua de música, executada com mais de 60 instrumentos distintos.
No entanto, foi em 1983, com o lançamento do álbum Crises, que Oldfield alcançou seu maior sucesso comercial com uma canção vocal. “Moonlight Shadow”, interpretada pela escocesa Maggie Reilly, tornou-se um fenômeno nas paradas europeias, atingindo o topo das listas em países como Noruega, Itália, Suécia, Suíça e Áustria. A faixa conquistou também posições expressivas em mercados como o Reino Unido (4º lugar), Alemanha (2º), Austrália (6º) e África do Sul (7º).

Maggie Reilly assumiu os vocais de Moonlight Shadow (Foto: Reproução)
A canção, construída com base em uma melodia simples e eficaz, se destacou por sua narrativa melancólica e por sua sonoridade acessível dentro de um repertório mais frequentemente experimental. A colaboração entre Oldfield e Reilly foi decisiva para o alcance do público mais amplo. “Moonlight Shadow” se tornou uma das faixas mais executadas de sua carreira e permanece como referência nos anos 1980, constantemente lembrada em listas de hits da época.
Mesmo após seu pico de popularidade, Oldfield seguiu inovando. Em Light & Shade (2005), apresentou um trabalho duplo que contrapunha faixas eletrônicas a composições mais introspectivas, sempre com ênfase na construção atmosférica e nos detalhes técnicos.
Aos 72 anos, Mike Oldfield segue sendo um dos nomes mais singulares da música contemporânea. Sua produção não se limitou a tendências de mercado e, ainda assim, dialogou com grandes públicos. Entre suítes instrumentais e hits vocais, sua obra continua sendo redescoberta por novas gerações.