Lançado em 1985, “Exagerado” marcou a estreia de Cazuza como artista solo após sua saída do Barão Vermelho. Composto em parceria com nomes como Ezequiel Neves e Leoni, o disco apresenta 11 faixas que exploram temáticas como amores fugazes, experiências urbanas e reflexões existenciais.
O álbum abre com a faixa-título, que se tornou um dos maiores sucessos de Cazuza e resume a intensidade emocional e o estilo de vida do cantor. A sequência de músicas, incluindo “Só as mães são felizes” e “Medieval II”, confirma o tom autobiográfico e poético do trabalho.
Escrita durante um período de internação do cantor, “Codinome Beija-Flor” se destaca no álbum Exagerado como uma das canções mais emblemáticas de Cazuza. Com letra que combina melancolia e ternura, a faia narra a relação entre dois amantes, marcada por encontros e desencontros.
O arranjo suave e a interpretação contida de Cazuza contribuem para o clima introspectivo e poético da faixa, que se tornou uma das mais conhecidas e revisitadas de sua carreira solo.
Musicalmente, “Exagerado” mescla rock, MPB e elementos do blues, numa linguagem que ecoa a identidade sonora que o cantor já cultivava, mas com um tom mais pessoal. A presença da guitarra de Frejat e de outros músicos reforça a coesão da produção, assinada por Ezequiel Neves e pelo próprio Cazuza.
A recepção do álbum foi significativa, com a crítica destacando a capacidade de Cazuza de transformar experiências em versos diretos. “Exagerado” permanece como registro de uma fase de transição e reinvenção, marcando o início de uma nova fase em sua trajetória artística e pessoal.