O duo argentino que atravessa tempos e fronteiras
Pacifica constrói canções que flertam com a tradição, mas insistem em se manter no agora.
Por LockDJ
Publicado em 03/06/2025 12:02 • Atualizado 03/06/2025 12:02
Música
Inés Adam e Martina Nintzel se conheceram antes do isolamento da pandemia (Foto: Divulgação)

O duo argentino Pacifica surge como um ponto de encontro entre passado e presente. Inés Adam e Martina Nintzel se conheceram antes do isolamento da pandemia e, apesar da distância e do silêncio que tomaram conta do mundo, seguiram criando em conjunto. Foi em meio a chamadas de vídeo e composições trocadas pela internet que elas encontraram seu lugar.

 

 

O álbum de estreia, Freak Scene, reúne 11 faixas em inglês que transitam entre referências de bandas como The Strokes, Radiohead e The Beatles. Cada música parece um fragmento de experiências urbanas e solitárias, cruzando melodias simples com arranjos que carregam um senso de urgência. Em meio a essas composições, um momento chama a atenção: o cover de “Take on Me”, clássico do A-ha.

 

Na releitura de Pacifica, a canção norueguesa de 1985 ganha um corpo que se encaixa no universo do duo. É uma versão que não se prende ao brilho da década de 80, mas que se reinventa como um ponto de contato entre gerações. A voz de Inés e a guitarra de Martina conduzem o ouvinte por caminhos que não têm pressa, mas que também não se perdem na nostalgia.

 

Freak Scene funciona como um retrato de quem se recusa a se calar. Pacifica constrói canções que flertam com a tradição, mas que insistem em se manter no agora. O cover de “Take on Me” é só mais um passo dessa trilha que cruza o tempo e a geografia, mostrando que a música pode nascer em qualquer lugar — e seguir para onde quiser.

 

Comentários
Comentário enviado com sucesso!