No dia em que completa 64 anos, Michael J. Fox continua a ecoar sua presença no imaginário pop — não apenas como Marty McFly em De Volta para o Futuro, mas como um artista que conecta gerações.
No Festival de Glastonbury de 2024, ele fez uma aparição inesperada ao lado do Coldplay, empunhando a guitarra e compartilhando a energia de “Fix You” com Chris Martin e o público. A performance foi mais que um dueto: foi um diálogo entre a música e a memória afetiva que Fox construiu ao longo das décadas.
Quando Martin apresentou Fox como “nosso herói para sempre”, deixou claro que o legado do artista vai além da ficção científica e da guitarra de Chuck Berry — está na maneira como sua arte transformou vidas e inspirou músicos como o próprio Coldplay a criarem bandas e canções.
O momento no palco, com Fox em cadeira de rodas por conta do Parkinson, não apagou sua chama: foi a celebração de um ator que sempre soube que os grandes riffs da vida não tocam apenas nos filmes, mas também nos palcos onde a música encontra a força de seguir em frente.
Fox, que já tinha dividido a energia do rock em 2016 ao tocar “Johnny B. Goode” com o Coldplay, reforça que a cultura pop é feita de reencontros. E que, mesmo após o diagnóstico que o acompanhou por mais de 30 anos, sua presença segue viva, dialogando com o público e lembrando que toda boa história — seja em um palco, em um filme ou em uma música — é um eterno retorno a algo que nunca deixamos para trás.

Fox também dividiu o palco com o Coldplay em 2016 (Foto: Reprodução)