Lançado em 13 de junho de 2000, há exatos 25 anos, Crush marcou um ponto de virada na trajetória do Bon Jovi. Após um hiato de cinco anos desde o álbum anterior (These Days, 1995), o grupo retornou com um trabalho que virou símbolo de sua permanência no cenário do rock em meio às mudanças do mercado musical e à ascensão da cultura digital.
O sétimo álbum de estúdio da banda americana trouxe a faixa It's My Life, que rapidamente se consolidou como um dos maiores sucessos do Bon Jovi. A música, com participação do talkbox característico de Richie Sambora e a citação direta a Frank Sinatra, se transformou em um hino geracional e renovou a base de fãs da banda. Não se trata apenas de um hit radiofônico: é também uma peça que reforça a autodeclaração de identidade do grupo no século XXI.
Outro destaque é Thank You for Loving Me, balada que alcançou ampla execução nas rádios e programas televisivos da época. A canção reforçou o perfil do Bon Jovi como banda capaz de transitar entre as arenas do hard rock e as trilhas sonoras de casamentos e novelas. O equilíbrio entre riffs marcados e apelo sentimental ampliou o alcance do álbum em diferentes públicos.
O disco foi produzido por Luke Ebbin, Richie Sambora e Jon Bon Jovi, e é o primeiro trabalho da banda após a consolidação da internet como ferramenta de divulgação e consumo musical. Sua recepção comercial foi expressiva: Crush recebeu indicações ao Grammy, conquistou discos de platina em diversos países e levou o Bon Jovi de volta às grandes turnês mundiais.
O lançamento de 2000 também marca a incorporação de uma nova linguagem visual e sonora ao repertório do grupo. Embora fiel às estruturas tradicionais do rock mainstream dos anos 1980 e 1990, Crush atualiza a banda para um público inserido em um mundo que começava a ser conectado por downloads, videoclipes online e fóruns virtuais.
Vinte e cinco anos depois, o álbum permanece como um marco na discografia do Bon Jovi. Não pelo ineditismo, mas pela reafirmação. Crush mostra como um grupo veterano pode reposicionar sua narrativa sem perder a essência. É o retrato de uma banda que soube atravessar décadas mantendo sua assinatura sonora em diálogo com o tempo.