Sexta-feira 13 não é apenas uma data cercada de superstições — também é sinônimo de uma das franquias mais duradouras do cinema de terror. Lançado em 1980, o primeiro filme da série Friday the 13th se estabeleceu rapidamente como um marco do gênero slasher, ao reunir elementos como jovens em isolamento, violência progressiva e um assassino que age nas sombras de um acampamento supostamente inofensivo.
Crystal Lake é o cenário constante do horror: um espaço natural que deveria oferecer tranquilidade, mas que se torna palco recorrente para o caos. O lago é silencioso, os bosques são densos, as cabanas distantes entre si — um ambiente que favorece a sensação de exposição e fragilidade.
O acampamento, com sua aparência pacífica, funciona como armadilha. É nesse espaço que a lógica do slasher se instala: isolamento, punição e ausência de adultos confiáveis.

Jason Voorhees, embora não seja o assassino no primeiro filme, se tornaria o símbolo central da franquia. Sua máscara de hóquei e o facão em punho são mais reconhecíveis que o próprio título dos filmes. Ele surge como um menino afogado pela negligência de monitores e retorna — primeiro como trauma, depois como força física, e por fim como entidade quase sobrenatural.
Jason não fala, não hesita e não recua. É uma presença constante, uma representação da vingança cega e recorrente, uma figura que sobrevive às décadas, aos formatos e até às tentativas de reboot.
A longevidade da franquia está ligada menos à inovação e mais à repetição ritualística. Cada novo grupo de adolescentes serve como renovação do mito. Alguns filmes exploram o absurdo, outros tentam resgatar o clima original. Mas o núcleo permanece o mesmo: Crystal Lake é um espaço onde o tempo parece suspenso, e Jason é o elo entre as gerações que se aproximam demais da margem.
O filme original está disponível na plataforma MAX. Para quem deseja aproveitar a sexta-feira 13 com mais sangue e suspense, aqui vão duas sugestões que dialogam com o clima e o estilo da franquia:
1. O Massacre da Serra Elétrica (1974) — disponível no Prime Video e Mercado Play

Assim como Sexta-feira 13, o filme de Tobe Hooper mergulha o espectador no ambiente rural e isolado, onde um grupo de jovens se depara com um horror inescapável. Leatherface, o antagonista, compartilha com Jason a lógica do ataque brutal, do silêncio e da repetição, num espaço onde o refúgio é impossível.
2. X – A Marca da Morte (2022) — disponível no Telecine e Prime Vídeo / MGM

Com forte influência dos slashers clássicos, X traz uma narrativa ambientada nos anos 1970, em uma fazenda remota, onde um grupo de jovens vai gravar um filme adulto e acaba enfrentando os moradores locais. A construção do espaço isolado e o destino dos personagens ecoam diretamente o espírito da franquia Sexta-feira 13.
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