16 anos depois, Michael Jackson segue na pauta do debate cultural
Memória, música e disputa mantém o legado do artista vivo.
Por LockDJ
Publicado em 25/06/2025 06:00
Música
Michael Jackson passou por várias transformações ao longo dos anos (Foto: Reprodução)

Nesta quarta-feira, 25 de junho, completa-se 16 anos desde a morte de Michael Jackson. Nesse intervalo, a trajetória do cantor, compositor e dançarino passou por releituras constantes que mantêm sua presença no centro do debate musical e cultural.

 

Percurso artístico

 

Michael iniciou a carreira nos Jackson 5, migrou para álbuns solo como Off the Wall (1979) e projetou Thriller (1982) a um patamar comercial sem precedentes — estimativa de 122 milhões de cópias equivalentes, se ajustada à era do streaming, chega a 152 bilhões de reproduções. Videoclipes como “Beat It” e “Billie Jean” solidificaram a combinação de música, coreografia e narrativa visual que ampliou as fronteiras da MTV.

 

 

Lançado em 1982, Thriller consolidou Michael Jackson como um fenômeno global e redefiniu o papel do videoclipe na indústria musical. Produzido por Quincy Jones, o álbum reuniu faixas como “Billie Jean”, “Beat It” e a própria faixa-título, criando uma fusão entre pop, rock, funk e R&B que ultrapassou barreiras de gênero e público.

 

O videoclipe de “Thriller”, com direção de John Landis, introduziu uma linguagem cinematográfica ao formato, combinando roteiro, coreografia e efeitos visuais que transformaram o clipe em um evento cultural.

 

Comercialmente, o disco bateu recordes de vendas e permaneceu por décadas entre os mais vendidos do mundo, tornando-se uma referência recorrente em shows, campanhas publicitárias e coreografias até os dias atuais.

 

 

Contribuições musicais e de dança

 

A amálgama de soul, funk, rock e pop presente em “Bad”, “Black or White” e “They Don’t Care About Us” influenciou a produção de artistas de gêneros distintos. No palco, movimentos como o moonwalk, apresentado em 1983 no especial Motown 25, tornaram-se referência permanente em coreografias populares e competições de dança televisivas.

 

Memória institucional e comércio póstumo

 

A gestão do espólio continua a negociar catálogos e licenciamento. Em abril de 2025, a família contestou judicialmente a venda de parte dos direitos fonográficos à Sony por cerca de US$ 600 milhões. No teatro, MJ — The Musical mantém temporada fixa em Nova York e turnê na América do Norte, Europa e Oceania, com datas confirmadas até o fim de 2025.

 

Controvérsias permanentes

 

As denúncias de abuso reavivadas pelo documentário Leaving Neverland (2019) permanecem na agenda. Em março de 2025, a continuação do filme estreou no YouTube, após o título original ter sido retirado da plataforma Max por acordo judicial entre a HBO e o espólio. O caso segue nos tribunais, dividindo opiniões entre fãs, críticos e organizações de defesa de vítimas.

 

Tributos e presença contemporânea

 

Nas redes, o aniversário de morte gera homenagens espontâneas, lives de fãs e playlists temáticas; no YouTube, vídeos que marcam a data acumulam milhares de visualizações. A filha Paris Jackson, em carreira própria, chegou a responder a críticas por se apresentar em 25 de junho durante turnê com a banda Incubus, reforçando a multiplicidade de interpretações sobre como a família lida com o legado.

 

Síntese

  

Michael Jackson continua sendo ponto de convergência entre inovação musical, coreográfica, comercial e tecnológica. Suas canções impulsionam espetáculos, negociações bilionárias e discussões éticas que demonstram como um catálogo artístico pode atravessar gerações enquanto permanece objeto de celebração, disputa e revisão histórica.

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