O universo de Stephen King volta a ganhar vida nas telas com O Instituto, nova série inspirada no romance homônimo publicado pelo autor em 2019. A produção, que estreia em 13 de julho de 2025 no MGM+, traz à tona temas caros à obra do escritor: infância ameaçada, manipulação institucional e dons psíquicos tratados como maldição e arma.
Com oito episódios, a série é escrita por Benjamin Cavell e dirigida por Jack Bender — conhecido por seu trabalho em Lost e Mr. Mercedes. O elenco é encabeçado por Ben Barnes (Westworld, The Punisher), Mary-Louise Parker (Weeds) e o jovem Joe Freeman, que interpreta o protagonista Luke Ellis.
Na trama, Luke, um adolescente brilhante, acorda em uma instalação isolada chamada Instituto, onde crianças com habilidades paranormais são mantidas sob controle rígido por adultos que justificam tudo como “para o bem maior”. Ali, ele conhece outros jovens como Kalisha, Tony e Avery, enquanto descobre que a promessa de segurança esconde um sistema sombrio de exploração mental e física. Paralelamente, acompanhamos o ex-policial Tim Jamieson, recém-chegado a uma cidade vizinha, cuja trajetória silenciosa e enigmática começa a se entrelaçar com a do garoto.
A narrativa avança em duas frentes: o cotidiano opressor do Instituto e o suspense crescente que cerca a presença de Tim, até que os dois mundos colidem em um clímax de tensão. A personagem da diretora Sra. Sigsby (Mary-Louise Parker), com postura ambígua e poder absoluto sobre as crianças, sintetiza as estruturas de poder que King costuma explorar: sistemas que se alimentam da inocência e manipulam o medo.
As gravações aconteceram entre agosto e novembro de 2024, em Halifax, na Nova Escócia, região escolhida para reforçar a ambientação isolada e austera. A série teve seu episódio-piloto exibido no festival SXSW em junho, recebendo destaque pela atmosfera soturna e pela fidelidade ao tom psicológico do livro.
O Instituto dialoga com outras adaptações do autor — como It e O Iluminado — ao combinar horror, crítica social e juventude vulnerável. A escolha do MGM+ para abrigar o projeto reforça a aposta no gênero como um canal para narrativas densas, capazes de refletir distopias reais.
A estreia marca mais uma incursão do universo King na TV, em um momento em que a adaptação de histórias com viés sobrenatural e político se mostra cada vez mais atual.
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