Música da noite: Phil Collins e a súplica que ecoa no vazio
One More Night” é uma confissão minimalista de um coração suspenso no tempo.
Por LockDJ
Publicado em 08/07/2025 21:42 • Atualizado 08/07/2025 22:06
Música
Phil Collins escreve com sintetizadores aquilo que Raymond Carver poderia ter narrado (Foto: Reprodução)

Em 1985, entre o crepúsculo do soft rock e a alvorada do pop romântico radiofônico, Phil Collins sussurrava uma súplica: mais uma noite. Não é apenas sobre esperar o retorno de alguém — é sobre o tempo como condenação, a ausência como linguagem.

 

O sintetizador preenche o vazio com tons que lembram Raymond Carver em forma de melodia: frases curtas, emoção contida, uma dor que se arrasta. Entre drum machines e ecos fantasmagóricos, Collins transforma um lamento privado em hino global. 

 

É uma canção para quem já chorou por amor às três da manhã, sob a luz fraca de uma cidade que dorme. Como em uma carta nunca enviada, Collins canta o amor em seu estado mais nu: o da ausência.

 

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