✨ When in Rome – The Promise (1988): um hit cult feito de ecos, sintetizadores e juras de amor em tempos incertos.
Lançada no fim dos anos 80, quando a new wave já flertava com a melancolia e o romantismo eletrônico era um refúgio contra o niilismo da década, “The Promise” capturou um sentimento à flor da pele: a promessa de não ir embora quando tudo desmoronar. Com seus sintetizadores cristalinos, vocais dramáticos e batida hipnótica, a música virou trilha sonora de despedidas, recomeços e amores que só fazem sentido no escuro do quarto ou no silêncio dos fones.
Imortalizada anos depois no filme Napoleon Dynamite (2004), “The Promise” ressurgiu como um culto tardio à sensibilidade oitentista. Não virou mais só uma balada romântica com refrão pegajoso — tornou-se um símbolo de uma era em que os sentimentos dançavam sob néons decadentes e promessas sussurradas em inglês britânico ganhavam ecos eternos em rádios AM e fitas cassete esquecidas. Um daqueles hits que, quando começa a tocar, você já sabe: é hora de sentir sem precisar explicar.
When in Rome pode ter sido uma banda de um sucesso só, mas surgiu para marcar. “The Promise” é o tipo de canção que atravessa décadas como um relicário emocional, intacto na sua urgência e ternura. Ouça com olhos fechados. Dance sozinho na sala. Ligue para alguém às 2 da manhã só para dizer: I’m sorry but I’m just thinking of the right words to say…