Google Analystic
Música da noite: Maria, a musa que voltou das luzes de néon
Blondie renasceu em 1999 com um hino pop-punk sobre desejo, liberdade e a mulher que atravessa o tempo como cicatriz brilhante.
Por LockDJ
Publicado em 02/08/2025 21:25 • Atualizado 02/08/2025 21:28
Música
Debbie Harry com sua voz de vinil desgastado e beleza pós-glam (Foto: Reprodução)

✨ "Smooth as silk, cool as air... Ooh, it makes you wanna cry"

 

Lançada em 1999, "Maria" foi a canção que selou o renascimento do Blondie, banda que moldou a fronteira entre o punk, o pop e a new wave nos becos elétricos de Nova York nos anos 70. Mais de 15 anos após o estouro de “Heart of Glass” e “Call Me”, Debbie Harry voltou com sua voz de vinil desgastado e beleza pós-glam, provando que o tempo só lapida os ícones.

 

“Maria” explodiu nas rádios britânicas como um furacão retrô-futurista — e levou o Blondie direto ao topo das paradas do Reino Unido pela primeira vez em 18 anos.

 

Mas “Maria” não é só revival. É um hino feminista com alma de jukebox indie. A letra canta o desejo, a liberdade e a força de uma mulher que carrega sua essência como uma cicatriz luminosa — “Maria, you've gotta see her. Go insane and out of your mind.” É Debbie resgatando a musa urbana, livre, inquieta, selvagem como a própria cidade. Uma música que reverbera em tons technicolor, relembrando que o passado nunca morre quando é arte viva.

 

Blondie ensinou que envelhecer pode ser um ato de rebeldia elegante. Em tempos de radio pop pasteurizado, “Maria” foi um raio glam-punk em pleno fim de século. Para quem cresceu ouvindo cassetes, lendo revistas de contracultura e dançando na penumbra de pistas alternativas, esse som ainda pulsa como se fosse ontem. Uma ode à mulher moderna, à nostalgia e à capacidade do pop de se reinventar sem perder a alma.

 

Coloque pra tocar e sinta o que é ser atemporal.

Comentários
Comentário enviado com sucesso!