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Guerra dos Mundos 2025 é um desastre digital patrocinado — e o pior: sem alma
Filme dirigido por C. Scott já entra para a galeria de fracassos históricos do cinema recente.
Por LockDJ
Publicado em 06/08/2025 15:54 • Atualizado 06/08/2025 15:57
Entretenimento
Ice Cube protagonizou o desastroso "Guerra dos Mundos 2025" (Foto: Divulgação)

Há filmes ruins. Há filmes esquecíveis. E há essa nova tentativa de adaptação de Guerra dos Mundos, que consegue se encaixar nos dois quesitos ao mesmo tempo — com um agravante: ela parece feita para vender produtos antes de contar uma história.

 

Recém-lançado no catálogo do Amazon Prime Video, o longa protagonizado por Ice Cube e Eva Longoria já entra para a galeria de fracassos históricos do cinema recente. Com 0% de aprovação no Rotten Tomatoes e uma nota pífia de 3.1 no IMDb, o filme foi descrito por críticos como “insuportável”, “constrangedor” e, com razão, “um grande comercial disfarçado de ficção científica”.

 

Dirigido por C. Scott, o longa tenta reinventar a clássica obra de H.G. Wells para os tempos modernos. A premissa até soa promissora: uma invasão alienígena mostrada inteiramente através de telas de celular e computador, no estilo screenlife. Mas a execução é um desastre. O formato, que já exigiria uma direção precisa e um roteiro bem amarrado, é sabotado por atuações apáticas, diálogos artificiais e uma estrutura que parece mais preocupada em exibir produtos da Amazon do que construir qualquer tensão narrativa.

 

O problema central é que não há filme, apenas uma colagem de telas com estética de propaganda. A sensação é de estar assistindo a uma campanha institucional travestida de blockbuster — com cortes secos, personagens genéricos e um roteiro que, de tão superficial, mal parece ter passado por uma primeira revisão.

 

Nos fóruns online, como o Reddit, a recepção do público foi ainda mais dura que a da crítica. Muitos espectadores abandonaram o filme antes da metade, incapazes de tolerar a mistura de tédio e autoindulgência.

 

É inevitável a comparação com outras versões da obra: o clássico de 1953, que transformou paranoia atômica em ficção popular com dignidade cinematográfica; ou o remake de 2005 de Spielberg, que trouxe espetáculo e humanidade à narrativa. Diante deles, esta nova versão é um ruído — vazio, desnecessário e desconectado de qualquer emoção genuína.


Nota:  1,5/10

 

Nem cult, nem trash — apenas esquecível. Guerra dos Mundos 2025 é o tipo de filme que nos faz repensar se certas histórias realmente precisam de uma nova versão. Spoiler: não essa.

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