Vinte anos após a estreia do primeiro livro da saga Outlander, o fenômeno criado por Diana Gabaldon segue rendendo novos frutos. Agora, o universo se expande com Outlander: Blood of My Blood, spin-off que mergulha no passado dos protagonistas Jamie e Claire — e, ao que tudo indica, sem perder a alma histórica, romântica e fantástica que conquistou fãs ao redor do mundo. A estreia está marcada para este sábado, 9 de agosto, no Disney+, com os dois primeiros episódios liberados. Os demais chegarão semanalmente, sempre aos sábados.
Um espelho do amor em tempos turbulentos
Outlander sempre foi, antes de tudo, uma história de amor à prova do tempo — literalmente. Claire e Jamie representam uma união forjada não apenas pelo sentimento, mas pela travessia de guerras, choques culturais, perdas e descobertas em diferentes séculos.
Em Blood of My Blood, essa estrutura narrativa se desdobra em duas novas linhas do tempo, agora com o foco nas histórias dos pais dos protagonistas.
De um lado, retornamos às Terras Altas do século XVIII, sob a sombra de clãs rivais e lealdades frágeis, para acompanhar o romance dos pais de Jamie — interpretados por Jamie Roy e Harriet Slater. Do outro, seguimos os pais de Claire (Jeremy Irvine e Hermione Corfield) em plena Primeira Guerra Mundial, em um arco com estética de conflito moderno, mas igualmente atravessado por uma pitada de misticismo temporal que conectará os dois mundos.
Ao contrário da série original, esse spin-off não é baseado diretamente nos livros de Gabaldon, mas a autora atua como consultora criativa, garantindo coerência e fidelidade ao universo que criou.
Um elo ancestral que carrega o DNA da série original
A proposta de Blood of My Blood não é apenas revisitar o passado dos personagens — é mapear a origem de suas paixões, traumas e ideologias, o que, inevitavelmente, aprofunda a leitura de Outlander como saga familiar. A presença de figuras conhecidas, como versões jovens de Murtagh, Dougal, Ned Gowan e Colum MacKenzie, serve tanto como fan service quanto como ferramenta de construção de continuidade dramática e afetiva para os fãs veteranos.
Com Matthew B. Roberts (showrunner de Outlander) à frente da produção, e uma temporada inicial de 10 episódios, o spin-off promete manter o equilíbrio entre drama de época, conflitos políticos e fantasia sutil — característica que sempre diferenciou Outlander de outras séries históricas.
Resta saber se o novo elenco conseguirá imprimir a mesma carga emocional que Sam Heughan e Caitriona Balfe consolidaram como Jamie e Claire. Mas se o amor for, de fato, herdado — como o próprio título sugere — talvez a jornada esteja apenas começando.