Neste sábado, 16 de agosto, completam-se 48 anos sem Elvis Presley. Ou então, 48 anos desde que a história oficial decretou sua partida. Porque, é importante dizer, o mito do “Rei do Rock” nunca coube em atestados ou datas de óbito.
Elvis não morreu: ele se tornou um espectro cultural permanente, pairando entre jukeboxes enferrujadas, riffs eternos e a nostalgia de uma América que ainda não se despediu de si mesma.
Sua voz ainda ressoa como se fosse presente. Seja no gospel arrebatado, no rock rasgado ou nas baladas melosas que atravessaram gerações, Elvis deixou de ser apenas cantor para se tornar um símbolo em estado bruto, de rebeldia juvenil, sensualidade proibida e mercadoria pop exportada ao mundo.
Entre Las Vegas e Memphis, construiu-se uma carreira intensa, uma mitologia que até hoje movimenta economia, turismo e uma devoção quase religiosa.
E aqui está a ironia: quanto mais o tempo insiste em enterrá-lo, mais Elvis se reinventa no imaginário coletivo. De teorias conspiratórias que juram vê-lo em postos de gasolina a covers que nunca deixam de surgir, o “Rei” continua presente, como se a cada 16 de agosto o mundo apenas reafirmasse que ele não desapareceu.
Elvis não morreu. Ele apenas mudou de frequência, e continua cantando em alguma estação secreta do universo, para quem ainda tem ouvidos para ouvir.