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Be Here Now: excesso, catarse e o auge da arrogância britpop
Terceiro álbum de estúdio da banda Oasis foi gravado em meio ao culto midiático que transformou os irmãos Gallagher em símbolos.
Por LockDJ
Publicado em 21/08/2025 06:00
Música
Capa de Be Here Now, um monumento de guitarras em excesso (Foto: Divulgação)

Em 21 de agosto de 1997, o Oasis lançava Be Here Now, seu terceiro álbum de estúdio, talvez o mais controverso de sua trajetória.

 

Se Definitely Maybe (1994) era a afirmação e What's the Story (Morning Glory)? (1995) a consagração, Be Here Now representou o excesso absoluto, um retrato sonoro da megalomania do britpop no fim da década de 1990.

 

Gravado em meio ao culto midiático que transformara os irmãos Gallagher em símbolos de uma geração, o disco escancara o triunfo e a decadência no mesmo movimento. As faixas são longas, saturadas de camadas de guitarra, com refrões repetidos à exaustão e uma produção que hoje soa quase sufocante. Canções como “D’You Know What I Mean?”, “Stand by Me” e “All Around the World” funcionam como hinos de uma época que acreditava no poder ilimitado do rock, enquanto outras se perdem na grandiloquência.

Culturalmente, Be Here Now é documento de um tempo em que a música britânica vivia sob holofotes globais. Representa a autoconfiança de uma cena que rivalizava com o grunge e dominava rádios, revistas e tabloides. Passadas quase três décadas, o disco ainda divide opiniões: para uns, um erro inflado pela arrogância do Oasis; para outros, a catarse definitiva de uma banda que nunca teve medo de soar maior do que a vida.

 

De qualquer forma, é impossível pensar o fim dos anos 90 sem esse monumento de guitarras em excesso, loucura e ambição desmedida.

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