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Música da noite: Johnny Love entre neons e lembranças de um tempo inquieto
No encontro entre Virginie Boutaud e Léo Jaime, a canção do Metrô se reinventa como manifesto pop-cultural dos anos 80.
Por LockDJ
Publicado em 25/08/2025 20:21 • Atualizado 25/08/2025 20:21
Música
Virginie Boutaud e Léo Jaime dividem os vocais em "Johnny Love" (Foto: Reprodução)

Nos trilhos do pop oitentista, “Johnny Love” nasceu no Olhar (1985), disco que transformou o Metrô em ícone da modernidade urbana. A faixa,composição de Joe, Yann e Alec, encontrou sua eternidade quando ganhou espaço no filme Rock Estrela, de Lael Rodrigues, e a energia pop da Virginie Boutaud se fundiu à voz despojada de Léo Jaime, ator e cantor, criando uma simbiose rara entre duas linguagens: o frescor da new wave brasileira e a ironia rock’n’roll da época. ✨

 

“Johnny Love” virou retrato de um tempo: homenagem a Johnny Halliday, trilha sonora de juventudes inquietas e registro de uma geração que transitava entre sonho, festa e desencanto.

 

Léo Jaime, que em 2020 revisitou a canção em versão solo, sempre declarou vê-la como memória afetiva, pertencente ao Metrô, mas sua interpretação adiciona camadas novas ao mito sonoro, reafirmando a ligação com aquele instante de cultura pop.

 

“Johnny Love” é uma viagem a uma antiga São Paulo e o boêmio Rio de Janeiro que se misturavam em neons, VHS e guitarras. É cinema, é pista, é poema urbano que ecoa até agora. Lembrança viva de quando música e imagem se tornavam manifesto de uma geração.

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