Na manhã de 16 de agosto de 1977, o mundo da música foi abalado com a notícia de que Elvis Presley, o “rei do rock”, havia sido encontrado morto em Graceland, sua mansão em Memphis, Tennessee. Aos 42 anos, o artista solo mais vendido da história da música sucumbia a um colapso cardíaco fulminante, deixando milhões de fãs órfãos e mergulhando a cultura pop em um luto coletivo.

A comoção foi imediata: linhas telefônicas congestionadas, floriculturas sem estoque e multidões em frente à casa do cantor em busca de informações. No dia seguinte, uma despedida pública reuniu cerca de 30 mil fãs diante do caixão exposto em Graceland, até que a família decidiu encerrar a cerimônia, deixando milhares de admiradores do lado de fora, sem o último adeus. Uma cerimônia íntima foi realizada posteriormente, com cantos gospel e a presença de amigos próximos como James Brown.

Mas a história não terminou aí. Duas semanas após o enterro, em 29 de agosto de 1977, já exatos 48 anos, a polícia de Memphis surpreendeu três homens no Cemitério Forest Hill tentando roubar o corpo de Elvis. O plano beirava o absurdo: remover um caixão de mais de 400 quilos sem equipamentos adequados. O episódio ganhou contornos ainda mais curiosos quando um dos envolvidos, Ronnie Lee Adkins, afirmou ser informante do FBI. Segundo ele, havia recebido a proposta de participar da operação para capturar informações sobre um suposto mandante que oferecera US$ 40 mil a cada cúmplice, com a ideia de pedir US$ 10 milhões de resgate à família Presley.

Sem provas de que tinham condições de executar o plano, os homens não foram condenados. O episódio, no entanto, deixou a família Presley em alerta. Em setembro daquele ano, Vernon Presley obteve autorização legal para transferir o corpo do filho e o de sua esposa para dentro de Graceland.

Cinco dias depois, Elvis foi enterrado no Jardim da Meditação, onde permanece até hoje, em um espaço que se transformou em um dos locais de peregrinação mais visitados da cultura musical mundial.