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Música da noite: Um novo beijo que flutua entre o folk e a memória
The Petersens ressignificam Kiss Me e transformam nostalgia pop em intimidade acústica.
Por LockDJ
Publicado em 03/09/2025 19:38 • Atualizado 03/09/2025 19:38
Música
Kiss Me ganha novos contornos com o grupo The Petersens (Foto: Reprodução)

Há canções que atravessam décadas como se o tempo fosse apenas mais um acorde. Kiss Me, de 1998, é uma dessas peças que marcaram a memória coletiva do pop alternativo. Ao ser revisitada pelos The Petersens, grupo familiar enraizado no folk norte-americano, a faixa ganha novos contornos — menos urbanos, mais orgânicos, quase como se tivesse nascido à beira de uma varanda de madeira, com a lua como testemunha.

O violão acústico e os arranjos delicados dissolvem a aura adolescente do original e a transformam em confissão madura, carregada de simplicidade e honestidade. O folk dos Petersens não busca reescrever a música, mas deixá-la respirar em outro território, onde cada harmonia vocal é como um fio que costura intimidade. Há nesse gesto uma entrega ao essencial: melodia, palavra, silêncio.

Ouvir esse cover é caminhar entre dois mundos: a memória nostálgica dos anos 90 e a reinvenção folk de agora. É perceber que certas músicas não pertencem a um tempo específico, mas se multiplicam em camadas de sentido cada vez que são tocadas. Os Petersens nos lembram disso ao fazer de Kiss Me não um resgate, mas um novo encontro.

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