Freddie Mercury completaria 79 anos nesta sexta-feira, 5 de setembro. Mais do que um cantor, ele se tornou um arquétipo da música popular do século XX, um artista capaz de transformar sua própria existência em espetáculo. À frente do Queen, deixou uma obra que redefiniu os limites do rock, costurando ópera, hard rock, pop e balada em uma mesma tessitura sonora.
Canções como Bohemian Rhapsody, Somebody to Love e We Are the Champions marcaram gerações e se tornaram hinos de resistência, triunfo e liberdade.
Paralelamente à banda, Mercury também experimentou caminhos solos. Seu álbum Mr. Bad Guy (1985) revelou um músico ousado, interessado em mesclar disco, pop e elementos eletrônicos. Mas foi o dueto com a soprano espanhola Montserrat Caballé, no álbum Barcelona (1988), que cristalizou a grandiosidade de sua ambição artística.
A parceria uniu dois universos aparentemente inconciliáveis — ópera e rock — e resultou em uma das obras mais surpreendentes de sua carreira, capaz de dialogar com públicos distintos e de antecipar o caráter global da música pop.
A morte precoce em 1991, aos 45 anos, vítima de complicações relacionadas à AIDS, interrompeu uma trajetória marcada pelo excesso, pela inovação e pela intensidade. Ainda assim, sua força cultural permanece intacta.
Freddie Mercury atravessou décadas como um ícone de liberdade criativa, de expressão sem amarras e de autenticidade radical. Sua imagem e voz inexorável continuam presentes nos palcos — seja nos shows tributo, nos musicais, nas biografias ou na memória coletiva de fãs que nunca deixaram de cantar suas músicas em estádios, bares e arenas pelo mundo.
Aos 79 anos, Freddie segue vivo não pela biologia, mas pela eternidade de sua arte.