O Batman Day, celebrado mundialmente no dia 20 de setembro, mais uma vez mobiliza fãs do herói e, neste ano, terá uma homenagem especial nas salas de cinema do Brasil. A Warner Bros. Pictures relança dois títulos que, apesar de diferentes em estilo e proposta, marcam a versatilidade do personagem: Batman Eternamente (1995) e LEGO Batman: O Filme (2017). A pré-venda já está disponível.
O retorno de um marco dos anos 90
Lançado em 1995, há exatos 30 anos, Batman Eternamente, dirigido por Joel Schumacher, representa uma virada estética na franquia. Val Kilmer assumiu o manto do herói após a saída de Michael Keaton e encarou vilões caricatos, mas memoráveis: Duas Caras (Tommy Lee Jones) e Charada (Jim Carrey).
O filme, com suas cores vibrantes, cenários artificiais e uma abordagem mais leve em relação ao tom sombrio de Tim Burton, dividiu opiniões na época, mas se consolidou como registro pop dos anos 1990. A volta às telonas em 2025 também serve como tributo a Val Kilmer, falecido neste ano, lembrando uma de suas atuações mais emblemáticas.
A sátira metalinguística do LEGO Batman
Mais de duas décadas depois, o universo do herói ganharia uma versão completamente distinta. LEGO Batman: O Filme (2017) é uma animação irreverente que desconstrói o mito do “Cavaleiro das Trevas” ao brincar com os clichês do gênero. Com vozes de Will Arnett (Batman), Michael Cera (Robin) e Rosario Dawson (Barbara Gordon), o longa cria uma aventura para toda a família, mas recheada de piadas metalinguísticas e referências que só os fãs mais atentos captam.
Ao colocar Batman em um universo de LEGO, o filme sublinha o contraste entre o herói solitário e a necessidade de criar vínculos, reforçando sua importância não apenas como ícone sombrio, mas também como figura cultural capaz de rir de si mesmo.
Entre a nostalgia e a reinvenção
A exibição conjunta das duas produções revela muito sobre a trajetória do personagem nos últimos 30 anos. Batman Eternamente mostra como Hollywood buscou transformar o herói em espetáculo visual e produto de massa nos anos 90, enquanto LEGO Batman reflete uma era de autoconsciência, na qual as histórias em quadrinhos e o cinema de super-heróis dialogam com a paródia e o humor.
No fim, a iniciativa da Warner para o Batman Day une duas gerações de fãs: aqueles que vibraram com as luzes de néon de Schumacher e os que cresceram em meio ao humor irreverente das animações digitais. Ambas as obras reafirmam o que já se sabe: o mito de Batman é plural, resistente e capaz de se reinventar sem perder a essência.