Em 19 de setembro de 1988, o Bon Jovi já não era apenas mais uma banda de hard rock da Costa Leste, mas, sim, um fenômeno mundial. Com New Jersey, lançado há exatos 37 anos, o grupo consolidou o status de gigante da década de 80, entregando um disco que soava como uma volta às origens e, ao mesmo tempo, como um produto épico para arenas lotadas.
Originalmente concebido como um álbum duplo, sob o título zombeteiro Sons of Beaches, o projeto acabou se transformando em um compacto e coeso manifesto sonoro, que carregava no nome a marca do território de onde a banda brotou. New Jersey não é apenas um estado americano, mas também a identidade visceral de músicos que levaram sua terra natal para os quatro cantos do planeta.
O álbum traz uma sequência de hits que moldaram o imaginário da geração MTV. “Bad Medicine”, com sua pegada enérgica e refrão contagiante, virou hino imediato, daqueles que não deixam o público respirar entre um verso e outro.
Já “I’ll Be There for You” mostrou o outro lado da banda, uma balada carregada de drama e intensidade, que dominou rádios e corações nos anos 80. E, no meio disso, faixas como “Born to Be My Baby” e “Lay Your Hands on Me” provaram que Bon Jovi sabia equilibrar peso, melodia e teatralidade como poucos.
Revisitar New Jersey hoje é perceber o quanto ele foi mais do que uma sequência de Slippery When Wet (1986): foi uma reafirmação de que o hard rock podia ser popular sem perder sua identidade, capaz de dialogar tanto com a juventude suburbana quanto com os grandes palcos globais. É um retrato da época em que o Bon Jovi escrevia não apenas músicas, mas capítulos inteiros da cultura pop.