Madonna anunciou durante a semana um novo álbum de estúdio, com ênfase em ritmos dançantes, em parceria com a Warner Records — gravadora com a qual construiu a fase mais clássica da carreira. O projeto tem previsão de lançamento para o próximo ano.
O que sabemos
-
Produtor: Stuart Price, colaborador de confiança que assinou a arquitetura sonora de Confessions on a Dance Floor (2005) — lar de “Hung Up” e “Sorry”.
-
Direção estética: retorno à pista de dança com roupagem atual, promessa de risco artístico e provocação — marcas registradas da artista.
-
Parceria reativada: após anos fora do catálogo principal da Warner, Madonna volta a trabalhar diretamente com o selo.
Em comunicado, a cantora afirmou que a gravadora “sempre foi uma parceira real” e que pretende “fazer música, fazer o inesperado e, talvez, provocar alguns debates necessários”. A direção da Warner descreveu Madonna como “ícone, quebradora de regras e força cultural” — sinal de que o lançamento terá tratamento de grande campanha.
Por que isso importa
A associação entre Madonna + Stuart Price remete ao último grande consenso crítico e popular da artista na pista. Confessions… foi um divisor de águas dos anos 2000 ao reconectar o pop global à disco/electro com narrativa de álbum contínuo. A repetição dessa química, quase duas décadas depois, sugere um capítulo de síntese: olhar para a própria mitologia dançante, mas com tecnologia e linguagem de 2026.
Entre passado e reinvenção
A volta à Warner fecha um ciclo iniciado em 1982, ano de estreia da cantora no selo, e recupera a musculatura histórica de catálogo e promoção que sustentou fases como Like a Prayer, Ray of Light e Music. Após uma trilha recente de recepção desigual — com o último álbum, Madame X (2019), mais experimental e fraturado —, a nova aposta mira impacto mainstream sem abrir mão do gesto autoral.
O que esperar do som
-
Pulsação club com camadas melódicas e costura de faixas (carimbo de Price).
-
Referências retrabalhadas a eras disco/house, porém filtradas por produção contemporânea.
-
Letras confessionais com fricção política e afetiva — Madonna não costuma escapar do debate público.
Linha do tempo essencial
-
1982–2007: fase Warner, dos primeiros singles aos álbuns históricos.
-
2007–2020s: turnê/contratos amplos com Live Nation e projetos fora do escopo tradicional.
-
2021–agora: reaproximação com a Warner e, agora, novo álbum dançante em produção com Stuart Price.
Próximos passos
A expectativa é de single de estreia ainda antes do álbum, com forte presença em plataformas e um visual manifesto, terreno em que Madonna costuma pautar conversa. Turnê? Nada oficial, mas um projeto de pista com Price pede palco.