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“Wicked: Parte 2”: o que esperar do desfecho (com Dorothy à espreita)
Elphaba vs. Glinda, Oz em convulsão e a chegada oficial do quarteto clássico elevam a aposta e preparam o terreno para o adeus.
Por LockDJ
Publicado em 24/09/2025 19:11 • Atualizado 24/09/2025 19:11
Entretenimento
A campanha ainda mantém a face de Dorothy fora de quadro (Foto: Divulgação)

O vídeo final de Wicked: Parte 2 (oficialmente “Wicked: For Good”) intensifica o conflito entre Elphaba (Cynthia Erivo) e Glinda (Ariana Grande), mostra números-chave do segundo ato, como “No Good Deed” e “Thank Goodness”, e apresenta com clareza os personagens clássicos: Homem de Lata, Leão Covarde e Espantalho, além da própria Dorothy e do tornado que a leva a Oz.

 

Há ainda ecos de um casamento que pode ruir e a sugestão de manipulação do clima por Madame Morrible (Michelle Yeoh). Estreia prevista para novembro.


E Dorothy?


A campanha mantém a face de Dorothy fora de quadro. Uma escolha declarada pelo elenco para que “cada espectador guarde a garota que conhece”. A personagem surge à distância ou de costas, mesmo com o papel ampliado no desfecho. 


Análise: como o primeiro filme preparou o terreno


Parte 1 (2024)
funcionou como origem e worldbuilding: apresentou Shiz, a política de Oz, a emergência de Elphaba como figura dissidente e a ascensão pública de Glinda. Pilares dramáticos que sustentam a ruptura agora. O filme investiu na amizade tensa entre as protagonistas, no romance com Fiyero (Jonathan Bailey) e na máquina de propaganda que rotula quem é “do Bem” e quem é “do Mal”.


O split em dois longas garantiu respiro para canções e ambientação, mas deixou pendências emocionais e políticas que o capítulo final promete resolver.

Forças que voltam ampliadas no 2º ato:

  • Choque de trajetórias (fama x resistência) de Glinda e Elphaba;

  • Escalada política com O Mágico (Jeff Goldblum) e Morrible;

  • Payoff musical de números catárticos (“No Good Deed”, “For Good”).


Expectativas para o desfecho

  • Conseqüências: se o primeiro filme tratava de escolhas, o segundo mira suas conseqüências, como isolamento, reconciliação (ou ruptura) e reescrita de reputações.

  • Mitologia de Oz: integração plena com o cânone: bastão, vassoura, sapatos/ruby slippers e a missão de “provar a morte da Bruxa Má”.

  • Leitura contemporânea: a promessa é selar Wicked como boneca russa pop, um musical que questiona narrativas oficiais, mídia e poder, enquanto entrega espetáculo.


A história em resumo (e o que ela representa)


Baseado no musical da Broadway, Wicked reconta “O Mágico de Oz” pelo olhar da incompreendida: Elphaba. Ao lado (e contra) Glinda, ela atravessa um arco de amadurecimento em que o rótulo de “má” é menos essência e mais construção política. Para o cinema e a cultura pop, a saga consolida:

  • a anti-heroína como centro emotivo de um blockbuster;

  • o musical de grande orçamento como espaço de debate moral (e não só nostalgia);

  • a capacidade de Hollywood de dialogar com o palco sem perder escala cinematográfica.


Se o trailer final acerta, teremos um desfecho que costura mito e comentário social, sem abrir mão do arrebatamento musical, e com Dorothy como fantasma cultural que paira sobre tudo, lembrando que histórias nunca são contadas de um ângulo só.


Serviço (filme)

  • Título: Wicked: For Good (Wicked: Parte 2)

  • Direção: Jon M. Chu

  • Lançamento (previsto): novembro de 2025

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