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Silêncio nas estrelas: a guitarra do Spaceman repousa
Ace Frehley ajudou a definir a estética e o som monumentais da banda Kiss.
Por LockDJ
Publicado em 17/10/2025 06:00
Música
Ace Frehley, guitarrista fundador do Kiss partiu aos 74 anos (Foto: Divulgação)

Ace Frehley, guitarrista fundador do Kiss e arquiteto do timbre que incendiou arenas nos anos 1970, partiu aos 74 anos nesta quinta-feira (16). A família confirmou a notícia em comunicado.


Frehley havia sofrido uma queda recente e não resistiu às complicações. 

No Kiss, onde encarnou o “Space Ace”, maquiagem prateada, solos fumegantes e uma presença de palco que misturava risco e fantasia, Frehley ajudou a definir a estética e o som monumentais da banda.


Riffs e solos de “Shock Me”, “Cold Gin”, “Deuce”, “Detroit Rock City” e “Strutter” moldaram gerações de guitarristas e cravaram sua assinatura no cânone do hard rock. 

Nascido Paul Daniel Frehley, no Bronx, ele entrou no grupo em 1973 e foi peça-chave nos álbuns que levaram o Kiss do circuito club à condição de fenômeno global, com shows pirotécnicos e refrões de estádio. Em 1978, enquanto cada integrante lançava seu próprio disco, Ace surpreendeu ao emplacar “New York Groove” e entregar o projeto solo mais celebrado dos quatro. 

Após deixar o Kiss em 1982, seguiu adiante com o Frehley’s Comet e uma discografia que incluiu Anomaly (2009) e Spaceman (2018), além do retorno triunfal para a reunião entre 1995 e 2000 e participação em Psycho Circus (1998). Em 2014, foi introduzido ao Rock and Roll Hall of Fame ao lado dos ex-companheiros. 

Segundo a imprensa americana, a queda no estúdio provocou uma hemorragia cerebral. Ace foi hospitalizado e chegou a ser mantido por aparelhos antes da decisão da família. Nas horas seguintes à confirmação, colegas de banda e lendas do rock lamentaram a perda e destacaram seu papel “essencial e irrecuperável” na história do Kiss.

       Ace Frehley em postagem recente nas redes sociais (Foto: Reprodução/Instagram)


No fim, permanece a imagem que virou mito: a Les Paul faiscando, o sorriso torto, o groove de Nova York atravessando décadas, e aquele solo que parecia conversar com o cosmos. Hoje, o palco ficou escuro por um instante. E, mesmo assim, ainda ecoa a mesma nota longa de Ace.

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