Depois de dois anos, o Guns N’ Roses aterrissa novamente no Brasil com cinco datas e fôlego de show grande. Agora em formação de sete integrantes, Axl Rose (voz), Slash e Richard Fortus (guitarras), Duff McKagan (baixo), Dizzy Reed e Melissa Reese (teclados) ganham a companhia do novo baterista Isaac Carpenter — estreia brasileira do músico que substitui Frank Ferrer após 19 anos.
Datas e cidades
-
Florianópolis — 21/10 | Arena Opus
-
São Paulo — 25/10 | Allianz Parque
-
Curitiba — 28/10 | Pedreira Paulo Leminski
-
Cuiabá — 31/10 | Arena Pantanal (primeira vez do GNR na capital mato-grossense)
-
Brasília — 02/11 | Arena BRB Mané Garrincha
A abertura em todas as noites fica com os Raimundos (Digão, Marquim, Caio Cunha e Jean Moura), que em maio lançaram o nono álbum de estúdio, “XXX”.
O que muda com Isaac Carpenter
Se há novidade real, ela está no kit de bateria. Carpenter (Awolnation, Loaded, Loudermilk) chega com pegada mais enérgica, viradas diretas e um toque de punk no drive, sem desrespeitar as assinaturas históricas de Steven Adler e Matt Sorum.

Em apresentações recentes, inclusive no festival Back to the Beginning, em julho, o baterista mostrou precisão e ímpeto, imprimindo ritmo mais coeso a faixas longas como “Coma” e “Estranged”. A tendência é o show respirar melhor nas passagens de dinâmica e ganhar punch nos refrões.
Performance: altos e baixos previsíveis
Aos 63 anos, Axl Rose mantém a entrega cênica, mas continua sujeito a noites irregulares, parte do pacote do GNR há duas décadas. O miolo instrumental, porém, sustenta a experiência. Slash segue como motor melódico e carismático, Duff dá cola ao conjunto, enquanto Fortus volta a surpreender quem ainda o subestima, com técnica e presença que, por vezes, roubam holofotes.
O que esperar do setlist
O Guns costuma girar peças e trocar ordens de show para show, mas existe um esqueleto reconhecível. Clássicos praticamente certos:
-
“Welcome to the Jungle” (abertura)
-
“Paradise City” (encerramento)
-
“Sweet Child O’ Mine”, “November Rain”, “Estranged”
-
“Mr. Brownstone”, “It’s So Easy”, “Nightrain”
-
Lados B queridos: “Bad Obsession”, “Double Talkin’ Jive”
-
“Chinese Democracy” (fase sem Slash/Duff)
-
Covers fixos: “Knockin’ on Heaven’s Door” (Dylan) e “Live and Let Die” (Wings)
Rotação frequente (variam por noite, mas aparecem na maioria):
-
Singles recentes: “Absurd”, “Hard Skool”
-
“Slither” (Velvet Revolver)
-
“Rocket Queen”, “Coma”, “Civil War”, “You Could Be Mine”
-
Versões como “Wichita Lineman” (Jimmy Webb)
-
Homenagens ao Black Sabbath — “Sabbath Bloody Sabbath” ou “Never Say Die”
-
Momento Duff nos vocais: “New Rose” (The Damned), “Attitude” (Misfits), “Thunder and Lightning” (Thin Lizzy) ou “So Fine”
Duração média: ~2h55 (pode variar). Se for de pista, priorize calçado confortável e hidratação.
Amostra recente na América do Sul
Chile (14/10) — destaques: “Welcome…”, “Bad Obsession”, “Estranged”, “Live and Let Die”, “You Could Be Mine”, “Sabbath Bloody Sabbath”, “Rocket Queen”, “Don’t Cry”, “Knockin’…”, “Wichita Lineman”, “Civil War”, “Sweet Child…”, “November Rain”, “Nightrain” e “Paradise City”.
Argentina – 1ª noite (17/10) — além dos clássicos, entraram “Hard Skool”, “The General”, “Slither”, “Down on the Farm” e o épico “Coma”.
Serviço rápido
-
Abertura: Raimundos
-
Show time GNR: perto de 3 horas
-
Expectativa: set robusto, dinâmica mais firme com Isaac Carpenter e mistura equilibrada de hits, lados B e covers.