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‘O Telefone Preto 2’ amplia o terror com trauma, luto e laços de irmãos
Sequência de Scott Derrickson aposta em atmosfera gélida, visões oníricas e o fantasma de um mal que resiste à morte.
Por LockDJ
Publicado em 22/10/2025 06:00
Entretenimento
Telefone Preto 2 abriu na liderança das bilheterias brasileiras no fim de semana (Foto: Divulgação)

O Telefone Preto 2 abriu na liderança das bilheterias brasileiras no fim de semana, com R$ 6,35 milhões, confirmando o fôlego da franquia que fez mais de US$ 160 milhões em 2022. Dirigido por Scott Derrickson (A Entidade) e novamente ancorado pela presença inquietante de Ethan Hawke como o Sequestrador, o filme manteve distância confortável dos concorrentes. Veja o ranking (Comscore):

  1. O Telefone Preto 2 — R$ 6,35 mi

  2. Tron: Ares — R$ 2,74 mi

  3. A Casa Mágica da Gabby: O Filme — R$ 2,25 mi

  4. Perrengue Fashion — R$ 1,63 mi

  5. Uma Batalha Após a Outra — R$ 703 mil

  6. O Bom Bandido — R$ 682 mil

  7. Invocação do Mal: O Último Ritual — R$ 509 mil

  8. Depois da Caçada — R$ 410 mil

  9. Eu e Meu Avô Nihonjin — R$ 284 mil

  10. Demon Slayer: Castelo Infinito — R$ 274 mil

O filme


Quatro anos após a fuga de Finn (Mason Thames), os traumas não cicatrizaram. Gwen (Madeleine McGraw) volta a ser a bússola sensível da narrativa, agora recebendo “ligações” em sonhos que a conduzem a um acampamento de inverno assombrado, onde ecos de novas vítimas pedem por justiça.


Em meio a uma nevasca crescente, os irmãos precisam encarar um mal que parece ter ganhado força após a morte, e, sim, a sombra do sequestrador continua pesando em cada decisão.


Análise (sem spoilers)


Derrickson dobra a aposta no terror atmosférico: corredores vazios, o chiado do vento, a textura áspera do desenho de som e a paleta fria que congela a tela. A escolha de deslocar a ação para um cenário nevado ajuda a dar cara nova à sequência, mantendo o DNA do original (infância ferida, violência e resiliência) enquanto expande a mitologia com o elemento onírico de Gwen.


O filme funciona melhor quando abraça o horror íntimo, o pós-trauma de Finn, a culpa sobrevivente, a fé teimosa da irmã. A direção segura de atores sustenta os silêncios e os sustos sem recorrer a uma montanha-russa de jumpscares.


Por outro lado, parte do terceiro ato apressa explicações e amplia a lógica sobrenatural além do necessário, diluindo um pouco a precisão narrativa do primeiro longa. Ainda assim, a química entre Thames e McGraw e o fantasma performático de Hawke mantêm a tensão no patamar certo.

Veredito: um retorno sólido e competente, que privilegia atmosfera e personagens, mesmo tropeçando em ambições maiores no clímax.


Nota: ★★☆ 8,5/10

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