Celebrado nesta sexta-feira, 31 de outubro, o Halloween ultrapassou a fronteira das tradições celtas e das festas americanas para se firmar como um fenômeno cultural global. No cinema, o nome mais associado à data é o de John Carpenter, o diretor que, em 1978, redefiniu o terror com Halloween – A Noite do Terror.

O filme apresentou ao mundo Michael Myers, uma figura silenciosa, mascarada e implacável, que fugiu de um hospital psiquiátrico para retornar à pequena Haddonfield e iniciar uma série de assassinatos que atravessariam gerações, e décadas de produções.

O sucesso inesperado de Halloween moldou o gênero “slasher”, abrindo caminho para franquias como Sexta-Feira 13 e A Hora do Pesadelo. Com orçamento mínimo e trilha sonora hipnótica, composta pelo próprio Carpenter, o longa construiu o terror com economia e precisão. Sombras, planos longos e uma presença quase sobrenatural do vilão.

Nos anos seguintes, a franquia cresceu com sequências, remakes e reinterpretações, incluindo as versões dirigidas por Rob Zombie (2007–2009) e a trilogia mais recente de David Gordon Green (2018–2022), que retomou a essência original com a mesma protagonista, quatro décadas depois.

Nesse percurso, Jamie Lee Curtis se tornou o rosto definitivo da saga e um ícone da cultura pop. Sua personagem, Laurie Strode, representa a resistência diante do mal. Uma mulher comum que, ao sobreviver, virou símbolo de força e trauma coletivo.

Ao longo dos anos, Curtis transformou Laurie em algo maior que uma vítima. Virou um espelho das gerações que enfrentam seus próprios monstros.


Hoje, quando as casas se enchem de abóboras e máscaras brancas reaparecem nas lojas, Halloween continua mais vivo do que nunca, lembrando que, no imaginário do terror, Michael Myers nunca morre, apenas espera a próxima noite de 31 de outubro.

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