Se a ideia é um sábado à noite de tensão e inteligência afiada, O Colecionador de Ossos (1999) é o tipo de thriller que não envelhece, só fica mais intrigante. Dirigido por Phillip Noyce, o filme adapta o best-seller de Jeffery Deaver e traz Denzel Washington e Angelina Jolie em performances intensas, movidas por uma caçada psicológica e um jogo de raciocínio digno de um xadrez mortal.
Washington interpreta Lincoln Rhyme, um ex-detetive e perito forense, agora tetraplégico após um acidente em serviço. De sua cama adaptada, ele se torna o cérebro de uma investigação sombria que abala Nova York. Sua parceira improvável é Amelia Donaghy (Jolie), uma policial instintiva, corajosa e emocionalmente ferida, que se torna os “olhos e pernas” de Rhyme na perseguição a um serial killer meticuloso que deixa pistas macabras em cenas de crime ritualísticas.
O que diferencia o longa é a forma como equilibra tensão policial, atmosfera claustrofóbica e dilemas humanos. O roteiro mergulha no medo, mas também na solidariedade entre mentes fragmentadas. A química entre Denzel e Angelina é potente, construída em silêncios e olhares. Uma parceria de vulnerabilidade e intelecto.
A fotografia fria e o ritmo calculado transformam cada pista em um enigma e cada crime em um espetáculo de horror metódico. Mesmo passadas duas décadas, o filme continua sendo uma aula de direção de suspense e um lembrete do poder da mente diante da limitação física.
Veredito Supecine: prepare o sofá, apague as luzes e mergulhe nesse suspense elegante e tenso. O Colecionador de Ossos é daquelas experiências que fazem o coração acelerar e o cérebro trabalhar junto. Disponível na HBO Max.
⭐⭐⭐⭐ Nota VB: 9/10 — um clássico do suspense policial moderno, com alma, método e suor frio.