Há turnês que entram na rota brasileira como simples compromissos de agenda, e há aquelas que desembarcam como eventos, quase acontecimentos geológicos. A passagem do Guns N’ Roses pelo Brasil em 2026 pertence ao segundo grupo: uma espécie de cratera luminosa na história recente dos grandes shows internacionais no país.
Agora, com o anúncio do governador Carlos Brandão, São Luís inscreve seu nome nesse percurso. 21 de abril, no Castelão, será o dia em que o rock encontrará o calor cultural do Maranhão, e a cidade verá de perto uma das bandas mais emblemáticas de todos os tempos.
A turnê, batizada com ironia afiada de “Because What You Want and What You Get Are Two Completely Different Things”, já passou por cidades brasileiras em 2025 em versões robustas, com plateias imensas em Florianópolis, São Paulo, Curitiba e Cuiabá. Nessas praças, o grupo mostrou que envelhecer não significa perder potência, mas, sim, tocar com uma mistura de maturidade e fúria que só veteranos podem dominar.
Agora, a nova perna da excursão expande o mapa e transforma abril de 2026 num mês consagrado ao rock clássico. Serão nove cidades, do Sul ao Norte, com a turnê atravessando o país como uma estrada sonora:
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01/04 – Porto Alegre
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04/04 – São Paulo (Monsters of Rock)
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07/04 – São José do Rio Preto
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10/04 – Rio de Janeiro
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12/04 – Vitória
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15/04 – Salvador
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18/04 – Fortaleza
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21/04 – São Luís (Castelão)
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25/04 – Belém
A chegada do Guns N’ Roses ao Maranhão carrega simbolismo. São Luís entra oficialmente no circuito de megashows internacionais que, historicamente, se concentravam no eixo Sul-Sudeste. Para a cultura local, isso é mais do que um evento musical, é a confirmação de um novo patamar de projeção, infraestrutura e apetite artístico.
O post de Brandão soa como celebração e promessa:
“São Luís será palco da turnê de uma das maiores bandas de rock de todos os tempos. O Maranhão abre as portas para o mundo e movimenta turismo, economia, cultura e geração de renda.”
E, de fato, não é exagero. O impacto de um show dessa magnitude reverbera na economia criativa, no turismo, na ocupação hoteleira, na autoestima cultural da cidade e, claro, na memória afetiva dos fãs. Aqueles que cresceram ouvindo Sweet Child O’ Mine, November Rain ou Paradise City, mas nunca imaginaram que veriam a banda tão perto de casa.
Quando Axl, Slash e Duff subirem ao palco do Castelão, será o encontro entre uma capital histórica, de forte identidade cultural, e uma das bandas que moldaram a espinha dorsal do rock mundial. Será, também, a consagração de um novo momento para o Maranhão, que se vê inserido no mapa dos grandes espetáculos globais.
Em 2026, os ventos que batem nas palmeiras da ilha vão ganhar outra frequência, com as guitarras nervosas de Slash e do vocal rasgado de Axl Rose. E São Luís, será palco de algo desde já memorável.