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Jim Carrey revela o papel mais sofrido e contraditório de sua carreira
Filme arrecadou cerca de US$ 350 milhões e se tornou um clássico moderno do Natal.
Por Redação Rádio VB
Publicado em 21/12/2025 06:00
Entretenimento
Jim Carrey afirmou que viver o Grinch foi o papel mais sofrido de sua carreira (Foto: Divulgação)

Apesar de figurar entre os maiores astros de Hollywood, Jim Carrey sempre fez questão de tratar fama e dinheiro como efeitos colaterais, nunca como objetivo. A célebre frase em que afirma que riqueza e sucesso “não são a resposta” resume uma filosofia que, curiosamente, entrou em choque direto com um dos filmes mais populares de sua trajetória: O Grinch.

Lançado em 2000 e hoje disponível no Prime Video, o longa arrecadou cerca de US$ 350 milhões e se tornou um clássico moderno do Natal. Mas, por trás do sucesso, existiu um processo exaustivo. Em evento recente que celebrou os 25 anos do filme, Carrey revelou que quase abandonou o projeto logo no início das filmagens, mesmo recebendo um cachê estimado em US$ 20 milhões. O motivo: a rotina brutal de maquiagem e próteses que o mantinha horas seguidas pintado de verde, com dificuldades reais para respirar.


Dirigido por Ron Howard e produzido por Brian Grazer, O Grinch exigia uma transformação física extrema. O ator relatou que, em alguns momentos, cogitou devolver o dinheiro e deixar o set. Para evitar a desistência, a produção recorreu a medidas inusitadas, incluindo técnicas de controle de respiração ensinadas por um ex-instrutor militar especializado em situações de estresse extremo.

O alívio emocional, no entanto, veio de forma inesperada. Durante as longas sessões de maquiagem, Carrey encontrou refúgio na música dos Bee Gees, ouvindo repetidamente o catálogo da banda. Ele chegou a agradecer publicamente a Barry Gibb, creditando à leveza das canções parte da sanidade preservada naquele processo.


A ironia é que O Grinch nasceu justamente no auge de uma fase em que Carrey já havia provado tudo o que Hollywood poderia oferecer: sucessos comerciais, prestígio crítico e liberdade criativa,  a ponto de aceitar cortes salariais em outros projetos por puro interesse artístico. Talvez por isso o filme seja tão simbólico: por trás da fantasia natalina, ele revela um artista em conflito com o próprio sistema que o consagrou. Um clássico que, para seu protagonista, custou bem mais do que tinta verde e horas no espelho.

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