A empresária e modelo Emma Heming usou seu site pessoal para fazer um relato sensível sobre os desafios emocionais que o período natalino passou a representar desde o agravamento do quadro de saúde do marido, o ator Bruce Willis. Segundo ela, datas que antes eram sinônimo de alegria e união hoje carregam uma carga emocional profunda, marcada por um luto que se manifesta mesmo com o ator ainda vivo.
No texto, Emma afirma que o Natal se tornou “um pouco diferente” após a evolução da doença de Willis, diagnosticado inicialmente com afasia e, posteriormente, com demência frontotemporal — condição que afeta a comunicação, a memória e o comportamento. Para ela, a maior dor está no contraste entre o passado e o presente. “A demência não apaga as memórias, mas cria um espaço entre o que foi e o que é. E esse espaço dói”, escreveu.
Ela relembra com carinho como o astro era o centro das celebrações familiares: o responsável pelas panquecas do café da manhã, pelas brincadeiras na neve com as filhas e pela energia contagiante que marcava o fim de ano. Hoje, além do luto emocional, Emma conta que precisou assumir sozinha tarefas que antes eram conduzidas por Bruce — algo que, segundo ela, traz exaustão e frustração, não por raiva, mas pela saudade do parceiro que liderava a rotina familiar.
Apesar da dor, Heming afirma que decidiu manter as tradições. A família continuará reunida, trocando presentes, assistindo a filmes natalinos e compartilhando momentos de afeto — ainda que agora seja ela quem faça as panquecas. “Haverá risos, haverá carinho e certamente haverá lágrimas”, escreveu, destacando que alegria e tristeza podem coexistir. “Uma não anula a outra.”
Neste ano, Emma revelou que Bruce Willis passou a morar em outra propriedade da família, onde recebe acompanhamento especializado contínuo, enquanto ela permanece na casa principal com as filhas do casal, Mabel, de 13 anos, e Evelyn, de 11. O ator também é pai de Rumer, Scout e Tallulah, de seu casamento anterior com a atriz Demi Moore.
Casados desde 2009, Emma e Bruce seguem enfrentando juntos um processo que ela define como doloroso, mas também marcado por amor, memória e adaptação — especialmente em épocas em que a ausência se faz mais presente do que nunca.