Lançada nos anos 80, “Christmas Time” é o Natal longe do coral previsível. Guitarras limpas, clima noturno e aquela sensação de janela embaçada enquanto o mundo desacelera. Bryan Adams canta como quem observa as luzes da cidade de fora, sem pressa de chegar à ceia.

A música não pede milagres nem abraça clichês. Ela prefere a melancolia confortável de quem entende que o fim do ano também é feito de silêncios, despedidas e promessas mal resolvidas. É pop-rock com cheiro de inverno, mesmo para quem vive sob um sol teimoso.

“Christmas Time” funciona como trilha para um Natal introspectivo. Menos glitter, mais estrada. Menos discurso, mais sentimento. Um lembrete de que, às vezes, celebrar é apenas permanecer acordado enquanto o tempo passa devagar.