Nesta quarta-feira, 9 de julho, Tom Hanks completa 69 anos. Sua trajetória no cinema norte-americano atravessa décadas e acompanha transformações estéticas, narrativas e políticas da indústria. Ao longo de uma carreira iniciada nos anos 1980, ele construiu uma filmografia que dialoga tanto com o entretenimento de massa quanto com a memória coletiva dos Estados Unidos.
Hanks recebeu dois Oscars consecutivos de Melhor Ator: o primeiro em Filadélfia (1993), pelo papel de um advogado soropositivo em luta contra o preconceito; o segundo por Forrest Gump (1994), interpretando um homem cuja existência atravessa marcos históricos dos EUA, da Guerra do Vietnã à epidemia de HIV. Ambos os papéis estão ancorados não apenas na performance técnica, mas na empatia e no senso de representação social.
Antes disso, destacou-se em comédias como Quero Ser Grande (1988), que o levou à primeira indicação ao Oscar. Nos anos seguintes, transitou com fluência por dramas históricos como O Resgate do Soldado Ryan (1998), dirigido por Steven Spielberg, e cinebiografias como Capitão Phillips (2013) e Sully (2016), consolidando uma parceria constante com diretores de peso.
Hanks também deu voz ao xerife Woody na franquia Toy Story, um dos personagens centrais da Pixar, reafirmando sua presença no cinema voltado à infância e à formação emocional das novas gerações.
Além de ator, Hanks se consolidou como produtor e roteirista. Foi responsável por projetos como Band of Brothers (2001) e The Pacific (2010), em colaboração com Spielberg e a HBO, que revisitam a Segunda Guerra sob perspectivas documentais e dramatizadas.
Ao longo do tempo, tornou-se um rosto associado à confiança pública nos Estados Unidos, frequentemente representando figuras comuns colocadas em situações extraordinárias. Essa identidade simbólica ultrapassou o cinema, moldando sua presença na cultura popular norte-americana.
Com quase sete décadas de vida e mais de 80 títulos no currículo, Tom Hanks segue como uma peça central da narrativa cinematográfica contemporânea. Sua obra funciona como espelho e crônica de um tempo que oscila entre o espetáculo e a memória.
