Depois de uma trajetória de sucesso nos cinemas, Missão: Impossível – O Acerto Final chega às plataformas digitais no dia 18 de agosto, a partir das 23h, pelo Prime Video, com opção de compra antecipada por R$ 59,90. O lançamento marca o último capítulo da saga de Ethan Hunt, personagem emblemático de Tom Cruise, que consolidou a franquia como um dos pilares do cinema de ação contemporâneo.
No novo longa, Ethan se vê às voltas com uma ameaça global: uma arma de tecnologia avançada, capaz de desestabilizar governos e reescrever a geopolítica mundial. A missão o leva por cenários cinematográficos ao redor do globo, entre perseguições, explosões milimetricamente coreografadas e reviravoltas morais que tentam dar densidade emocional à trama. O passado volta a bater à porta, antigos aliados e inimigos retornam, e Ethan precisa escolher entre o dever e os laços afetivos — um dilema que, convenhamos, já conhecemos bem.
Acertos e repetições
O Acerto Final entrega exatamente o que os fãs esperam: sequências de ação coreografadas com precisão, um protagonista incansável e cenas que desafiam a lógica física, sustentadas pelo carisma incansável de Tom Cruise. A produção é grandiosa e a direção de Christopher McQuarrie mantém a tensão em alta — mérito da edição bem ritmada e da fotografia que valoriza cada salto de penhasco e perseguição em ambientes fechados.
No entanto, apesar do escopo épico e da beleza técnica, o roteiro patina em sua tentativa de oferecer algo novo. O tema da inteligência artificial como ameaça soa genérico e pouco aprofundado, servindo apenas de pano de fundo para justificar o corre-corre global. Os dilemas de Ethan Hunt, por sua vez, se repetem com ares de déjà-vu: o sacrifício pessoal em nome do mundo, a dúvida entre salvar a missão ou salvar quem se ama. Há pouca novidade emocional — e muito do já visto em capítulos anteriores.
O elenco de apoio, com nomes como Hayley Atwell, Pom Klementieff e Esai Morales, entrega boas atuações, mas sem espaço para grandes desenvolvimentos. Há química, sobretudo entre Cruise e Atwell, mas faltam camadas e tempo de tela para que essas relações ganhem mais impacto.
Vale a pena?
Sim — se o que você procura é entretenimento visual de alto nível e um herói incansável que desafia a gravidade e a lógica com o mesmo vigor de sempre. Como desfecho, O Acerto Final não reinventa a roda, mas oferece um espetáculo digno da franquia que ajudou a moldar o cinema de ação nos últimos anos.
Para quem acompanhou a saga desde o início, há uma sensação de missão cumprida — ainda que sem o impacto emocional que se esperaria de um capítulo final.
Nota da Rádio VB: ⭐⭐⭐ 8/10
Um encerramento tecnicamente impecável, mas que poderia ousar mais em emoção e renovação narrativa.