Ainda sem elenco ou direção confirmados, o projeto está cercado de expectativas, sobretudo porque Song representa uma guinada estilística em relação ao tom leve e espirituoso do longa original. O ator Dermot Mulroney, que interpretou Michael no primeiro filme, comentou recentemente ao New York Post que ouviu boatos sobre a sequência, mas não recebeu confirmação oficial.

 

"A última coisa que ouvi foi, entre aspas, 'os advogados estão conversando'", revelou. A participação de Julia Roberts, estrela central da trama, ainda é incerta.

 

Disponível atualmente na plataforma Max, o filme original é um marco da virada do milênio e da chamada “fase de ouro” das comédias românticas. Com direção de P.J. Hogan, o longa ficou conhecido por subverter alguns clichês do gênero, especialmente ao apresentar uma protagonista que, longe de ser idealizada, comete equívocos em nome do amor — e nem sempre é recompensada por eles.

 

A performance de Julia Roberts, aliás, flerta entre o carisma típico de suas comédias e uma vulnerabilidade mais humana e crua, que conferem ao filme uma camada emocional rara para o gênero.

 

A escolha de Celine Song para assumir o roteiro aponta para um possível reposicionamento da história — menos calcada na leveza pastel dos anos 90 e mais próxima dos dilemas existenciais e afetivos que marcaram seu trabalho em Vidas Passadas. Resta saber se o público está pronto para reencontrar esses personagens com mais rugas, mais cicatrizes e, talvez, menos certezas sobre o que de fato é o amor.