Nesta terça-feira, 5 de agosto de 2025, Neil Alden Armstrong completaria 95 anos. Nascido em Wapakoneta, Ohio, em 1930, Armstrong é, até hoje, um dos nomes mais emblemáticos da história da humanidade. Não apenas por ter sido o primeiro homem a pisar na Lua, mas por ter encarnado — em silêncio, precisão e sobriedade — a face mais humana da exploração espacial.
Mais do que herói, Armstrong foi enigma. E foi esse enigma que Damien Chazelle, diretor de Whiplash e La La Land, tentou decifrar em “O Primeiro Homem” (First Man), filme disponível no catálogo da Prime Video.

Lançado em 2018, O Primeiro Homem foge dos clichês das grandes epopeias espaciais. Em vez da grandiosidade das estrelas, Chazelle escolhe o peso do capacete, o chiado do rádio, a tensão da cabine estreita, como se toda a missão Apollo 11 acontecesse também dentro da cabeça de Armstrong — interpretado com contenção exemplar por Ryan Gosling.
O filme adapta a biografia escrita por James R. Hansen, mas não se interessa apenas pelos feitos públicos. Ele mergulha em lutos privados, no vazio que antecede o vácuo lunar, e nos silêncios que, no espaço e na Terra, dizem mais do que discursos patrióticos.
Ao lembrar os 95 anos de Armstrong, revisitá-lo por meio desse filme é reencontrar o homem atrás do capacete. Não o astronauta icônico da frase “um pequeno passo para o homem, um salto gigante para a humanidade”, mas o pai que perdeu uma filha, o engenheiro metódico, o cidadão discreto que evitava o rótulo de herói.
O Primeiro Homem faz da Lua não um palco de glória, mas um espelho da ausência. E, nesse reflexo, talvez esteja a grandeza de Armstrong: ele foi à Lua, sim — mas levou consigo todas as marcas da Terra.
“O Primeiro Homem” está disponível no catálogo do Prime Video.
Direção: Damien Chazelle | Elenco: Ryan Gosling, Claire Foy
Baseado na biografia de James R. Hansen
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