A estreia de Outlander: Blood of My Blood, neste sábado (9), chega carregada de expectativa — afinal, trata-se do universo que conquistou uma legião de fãs ao longo de quase uma década. A série derivada abre seus trabalhos com dois episódios que se dividem entre duas linhas temporais: as Highlands escocesas do início do século XVIII e a Inglaterra da Primeira Guerra Mundial. A proposta é ambiciosa: contar as histórias de amor dos pais de Jamie e de Claire, antes mesmo do casal da série original existir.
E, sim, há méritos visíveis logo de saída. As paisagens das Terras Altas continuam a ser um personagem à parte, fotografadas com a mesma reverência que seduziu os fãs em Outlander. A química entre Jamie Roy e Harriet Slater, como os pais de Jamie, funciona com naturalidade, mesmo em meio ao peso dos conflitos entre clãs.
Já Jeremy Irvine e Hermione Corfield, como os pais de Claire, entregam intensidade e uma boa dose de drama romântico, com um toque místico que liga as duas narrativas. O detalhe curioso — e que pode dividir o público — é que, apesar de consultoria da autora Diana Gabaldon, a história não é adaptada de um de seus livros. Isso dá liberdade, mas também abre margem para deslizes na coerência com o material original.
Se por um lado o spin-off respeita o DNA de Outlander, por outro ainda parece buscar um ritmo próprio. O início é mais contemplativo do que arrebatador, o que pode frustrar quem espera de imediato o mesmo impacto da série-mãe. Por ora, a impressão que fica é de um prólogo estendido, que prepara terreno para intrigas políticas, romances impossíveis e, quem sabe, um encontro entre destinos muito antes de Jamie e Claire se conhecerem. Para os fãs, vale conferir — mas com a expectativa ajustada: Blood of My Blood está plantando sementes, e o florescer ainda vai depender dos próximos episódios.
O 3º episódio estreia no Disney+ no dia 16 de agosto, à 0h (horário de Brasília). A primeira temporada terá 10 capítulos, lançados semanalmente, sempre aos sábados.