A noite do Emmy 2025, realizada neste domingo (15) em Los Angeles, confirmou favoritismos e trouxe algumas surpresas. O palco da maior premiação da televisão americana foi dividido por três produções que marcaram o ano: “Adolescência”, dominante entre as minisséries; “O estúdio”, consolidada como fenômeno das comédias; e “The Pitt”, vencedora entre os dramas.
Minisséries: o domínio de Adolescência
A produção britânica “Adolescência” transformou previsões em realidade ao vencer seis categorias, incluindo melhor minissérie. Criada por Jack Thorne e estrelada por Stephen Graham, que levou o prêmio de melhor ator, a trama sobre um garoto acusado da morte de uma colega se tornou o grande fenômeno da temporada. A série também rendeu a Owen Cooper o título de ator mais jovem a vencer como coadjuvante em minissérie.
Entre as poucas brechas abertas ao domínio da obra, destacou-se a vitória de Cristin Milioti como melhor atriz por O Pinguim. Já na direção, Philip Barantini venceu por conduzir os quatro episódios de Adolescência, em uma disputa que o colocou como único homem entre cinco concorrentes mulheres.

Cristin Milioti venceu como melhor atriz em minissérie por 'O Pinguim' (Foto: Valerie Macon/AFP)
Dramas: The Pitt supera Ruptura
Na disputa mais acirrada da noite, “The Pitt” superou o favoritismo de “Ruptura”, série que havia recebido 27 indicações. O drama hospitalar estreante em 2025 conquistou três estatuetas, incluindo melhor série de drama, além de troféus para Noah Wyle (ator) e Katherine LaNasa (atriz coadjuvante).
Ruptura, mesmo sem repetir o impacto do ano anterior, saiu com vitórias importantes: Tramell Tillman como melhor ator coadjuvante e Britt Lower como melhor atriz em drama. O roteiro premiado de Andor e a direção de Slow Horses também marcaram a cerimônia.
Comédias: hegemonia de O estúdio
Se nas minisséries não houve espaço para rivais, nas comédias a supremacia coube a “O estúdio”. Criada por Seth Rogen, a série conquistou o Emmy de melhor comédia e ainda bateu recorde histórico com 13 prêmios no total, somando categorias técnicas. Rogen, além de melhor ator, subiu ao palco como diretor, roteirista e criador.
Entre os poucos respiros de concorrência, Hacks rendeu a Jean Smart seu quarto prêmio de melhor atriz e deu a Hannah Einbinder a estatueta de coadjuvante. Einbinder chamou atenção ao usar seu discurso para criticar a Agência de Imigração dos EUA e defender liberdade à Palestina. Já a surpresa maior ficou com Jeff Hiller, de Somebody Somewhere, que venceu como ator coadjuvante ao superar nomes como Harrison Ford, indicado por Falando a Real.
Entre consagrações e esquecimentos
A noite também reservou espaço para decepções. White Lotus, com dez indicações, saiu de mãos vazias. Já especiais como o Saturday Night Live – 50th Anniversary Special e programas de variedades como Last Week Tonight with John Oliver reforçaram a tradição da Academia em premiar formatos consolidados.
Ao final, o Emmy 2025 confirmou a força de narrativas diversificadas: o drama médico de The Pitt, a experimentação juvenil de Adolescência e o humor corrosivo de O estúdio mostraram que a televisão continua sendo espaço de reinvenção — e de disputas acirradas pelo olhar do público e da crítica.