O ator das franquias

Freeman é exceção que confirma a regra de “não repetir papéis”: foi Alex Cross em “Beijos que Matam” (1997) e “Na Teia da Aranha” (2001); interpretou Deus na duologia “Todo Poderoso”; é o ilusionista Thaddeus Bradley em “Truque de Mestre” (terceiro filme previsto para novembro); além do político Alan Trumbull na trilogia iniciada por “Invasão à Casa Branca”.

O caso Lucius Fox

Convencido por Nolan após meses de conversas, Freeman abraçou Lucius Fox, personagem “extremamente inteligente, leal e decente”, que ele costuma citar com humor como “o oposto” de si mesmo. O papel atravessou “Batman Begins” (2005), “O Cavaleiro das Trevas” (2008) e “O Cavaleiro das Trevas Ressurge” (2012) e ajudou a ancorar o realismo da trilogia, oferecendo ao Batman a infraestrutura ética e tecnológica da Wayne Enterprises.

Reboots e a escolha por não retornar

Em entrevistas passadas, ao comentar novos ciclos do personagem Batman, como a escalação de Ben Affleck para “Batman vs. Superman: A Origem da Justiça” (2016), Freeman demonstrou surpresa com a rapidez dos recomeços e resumiu sua posição: reboots tendem a renovar todo o conjunto de personagens. Em suas palavras, “se muda o protagonista, provavelmente muda o resto do elenco”. Por isso, não se vê voltando como Fox em novas encarnações do herói.

O que aconteceu depois

Nenhum ator da trilogia de Nolan retornou para “Batman vs. Superman”; Lucius Fox sequer é mencionado no filme de Zack Snyder. Assim, Freeman permanece como o intérprete mais marcante do personagem no cinema, figura recorrente nos quadrinhos da DC desde 1979.

E o futuro no universo DC?

Com o novo Universo Cinematográfico da DC e a lógica de multiversos popularizada em Hollywood, não está descartada a volta de Lucius Fox, seja com outro ator ou, numa hipótese remota, com o próprio Freeman em participação especial. Por ora, porém, o ator sustenta a decisão: apreço pelo papel, sem intenção de reprisá-lo em um cenário de reformulações constantes.