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Lucas Santtana lança single em duo com Gilberto Gil
Faixa inspira-se em “Latim em Pó”, de Caetano Galindo, e traça uma viagem sonora pela formação da chamada “língua brasileira”.
Por LockDJ
Publicado em 22/10/2025 16:43 • Atualizado 22/10/2025 16:43
Música
Lucas Santtana lançou single “A História da Nossa Língua”, em parceria com Gil (Foto: Sandra Mehl)

Celebrando 25 anos de trajetória, Lucas Santtana lançou nesta quarta (22) o single “A História da Nossa Língua”, parceria com Gilberto Gil que transforma etimologia em música pop — costurando ritmo, memória e identidade para celebrar a riqueza e a complexidade da chamada “língua brasileira”. A canção integra o próximo álbum de Santtana.

Inspirada no livro Latim em Pó, de Caetano Galindo, a faixa narra, em primeira pessoa, a jornada do idioma desde o latim vulgar na região do Lácio (Itália) até o encontro com as línguas indígenas no Brasil. “É como se a nossa língua fosse um ser feminino que nasce na região de Lázio–Itália e depois faz uma longa viagem até encontrar o tupi-guarani, com a chegada das caravelas portuguesas no Brasil”, diz Lucas.


Nessa jornada ela encontra outras ‘pessoas’, que são as línguas que fazem parte da formação do português e consequentemente do Brasiliano. São elas o occitano, o celta, o galego, o moçárabe, o tupi-guarani.”

A participação de Gil reata um elo antigo: Santtana integrou, como flautista, a banda do artista no projeto “Unplugged” (1994). “Quando terminei de compor ‘A História da Nossa Língua’, logo pensei em chamar Gil para cantar comigo. Um artista que simboliza oficialmente a ligação entre a música popular e a língua brasileira, justamente o assunto da minha canção. Foi ele que me introduziu na cena musical brasileira (…); esse duo com ele une o primeiro capítulo da minha história com o mais recente”, afirma Lucas.

Sem cair em aula expositiva, a música organiza referências históricas e culturais como um mapa afetivo do idioma: do latim à iberorromania, do Atlântico ao tupi-guarani, combinando a curiosidade linguística que move o livro de Galindo com a veia inventiva que marca a discografia de Santtana. O resultado é um manifesto musical pela pluralidade — e um cartão de visitas para a nova fase do artista.

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