Oliver Robins, o eterno Robbie Freeling de “Poltergeist: O Fenômeno” (1982), voltou a falar sobre a fama de “filme amaldiçoado” que envolve a franquia desde os anos 80. Em entrevista publicada na sexta (31), o ator de 54 anos rejeitou explicações místicas para as quatro mortes de artistas ligados aos longas.
“Não acredito que haja maldição”, resumiu. Para ele, trata-se de uma sequência de tragédias humanas que, somadas ao impacto cultural do filme (produção de Steven Spielberg e direção de Tobe Hooper), alimentaram lendas que atravessaram gerações.

Oliver Robins ex-astro mirim de 'Poltergeist: O Fenômeno' (Foto: Reprodução)
O que Robins diz
Robins relata que, ainda criança, não conseguia processar a dimensão da perda quando soube das mortes de Dominique Dunne (22) e Heather O’Rourke (12).
Sobre Heather, a inesquecível Carol Anne, ele recorda o choque e a pergunta que ecoa até hoje: “Como isso é possível, se existe justiça no mundo?” O ator ressalta que nenhum ritual, “exorcismo” ou episódio de set justificaria a narrativa de maldição. “Tragédias acontecem no cinema e na vida”, afirma.
As perdas que alimentaram o mito
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Dominique Dunne (1960–1982) — a irmã mais velha na trama — foi vítima de feminicídio, estrangulada pelo ex-namorado poucos meses após a estreia do primeiro filme.
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Heather O’Rourke (1975–1988) — Carol Anne — morreu aos 12 anos por complicações de uma obstrução intestinal que levou a choque séptico, depois de um diagnóstico equivocado.
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Julian Beck (1925–1985) — o antagonista de “Poltergeist II” — faleceu de câncer de estômago durante a pós-produção.
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Will Sampson (1933–1987) — também em “Poltergeist II” — morreu aos 53 anos em decorrência de condição degenerativa crônica.
A coincidência das mortes, próximas no tempo e ligadas ao mesmo universo, cristalizou a fama de obra “assombrada”, reforçada por lendas urbanas e pelo imaginário que cerca bastidores de filmes de terror.

Dominique Dunne, Heather O'Rourke, Julian Beck e Will Sampson (Foto: Reprodução)
Por que o mito persiste
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Timing trágico: perdas envolvendo rostos muito jovens (Dunne e O’Rourke) e atores icônicos (Beck e Sampson).
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Gênero e contexto: um clássico de terror com estética marcante, marketing poderoso e cenas que entraram para a cultura pop.
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Telefone sem fio: relatos imprecisos, boatos e teorias que a internet amplificou por décadas.
Onde assistir Poltergeist