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Música da noite: poesia em constelação
Entre ecos, distorções e memórias, um adeus suave ao brilho que permanece.
Por LockDJ
Publicado em 04/11/2025 19:07 • Atualizado 04/11/2025 19:08
Música
Stars é um fragmento de luz perdido no espaço-tempo da banda (Foto: Reprodução)

Lançada como faixa inédita na coletânea homônima de 2002, Stars soa como um ponto de convergência, com a doçura e a dor do The Cranberries se dissolvendo em uma atmosfera etérea. Há algo de cósmico na forma como a voz de Dolores O’Riordan paira sobre os acordes, como se cada nota fosse um fragmento de luz perdida no espaço-tempo da banda.


A canção mistura guitarras que flutuam entre o dream pop e o pós-grunge com uma leveza quase espiritual. É uma despedida sem dramatismo, mas impregnada de presença. Cada refrão soa como uma lembrança que se recusa a desaparecer, orbitando silenciosamente ao redor do ouvinte.

Em Stars, os Cranberries não olham para o passado com nostalgia, mas com uma espécie de serenidade cósmica. É a tradução sonora de quem entende que o brilho do mundo, pessoas, memórias, canções, continua mesmo depois que deixa de ser visto.

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