Todo 4 de maio, a galáxia muito, muito distante se aproxima da Terra em forma de celebração: é o Star Wars Day. E, para além de memes com sabres de luz ou brindes de fast food em forma de Chewbacca, há ali um fenômeno cultural que moldou a ficção científica moderna, o cinema blockbuster e a maneira como lidamos com o bem, o mal e as zonas cinzentas entre eles.
O trocadilho “May the Fourth be with you” — uma distorção fonética de “May the Force be with you” — foi abraçado por fãs do mundo todo como uma espécie de Natal dos nerds. Embora tenha surgido de forma espontânea (e até política, num anúncio para Margaret Thatcher em 1979), o May the 4th se transformou em símbolo oficial da devoção pop à obra de George Lucas, consagrada na estreia de Star Wars: Episódio IV – Uma Nova Esperança, em 25 de maio de 1977.
Entre cosplays, maratonas e nostalgia digital, o que o 4 de maio revela é um pacto emocional intergeracional: Star Wars é, ao mesmo tempo, uma ficção sobre rebeliões cósmicas e um espelho de nossos próprios embates internos — políticos, existenciais, espirituais.

Por onde começar? Um guia alternativo para descobrir a saga Star Wars
Se você sempre ouviu falar em Jedi, Darth Vader ou “a Força”, mas nunca mergulhou no universo, a pergunta é: por onde começar essa ópera espacial com cara de epopeia mitológica, faroeste futurista e drama familiar shakespeariano? Aqui vão três rotas possíveis:
1. Ordem de Lançamento (a clássica)
Ideal para sentir o impacto narrativo e cultural como ele foi vivido pelas gerações:
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Episódio IV: Uma Nova Esperança (1977)
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Episódio V: O Império Contra-Ataca (1980)
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Episódio VI: O Retorno de Jedi (1983)
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Episódio I: A Ameaça Fantasma (1999)
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Episódio II: Ataque dos Clones (2002)
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Episódio III: A Vingança dos Sith (2005)
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Episódio VII: O Despertar da Força (2015)
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Episódio VIII: Os Últimos Jedi (2017)
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Episódio IX: A Ascensão Skywalker (2019)
2. Ordem Cronológica (a narrativa linear)
Para quem quer seguir a saga como uma história contínua:
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Episódio I até o Episódio IX, em sequência
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Inclua as séries Clone Wars (entre os episódios II e III) e Rebels (antes do IV)
3. Ordem Machete (a alternativa cult)
Para manter o mistério de Darth Vader e mergulhar no drama Skywalker sem o Episódio I:
Como tudo começou?
No início, havia apenas uma guerra — e não sabíamos ainda que ela era “a última esperança”. Star Wars: Uma Nova Esperança surge em 1977 como um grito de luz em meio ao niilismo da cultura pós-Vietnã. Luke Skywalker, um jovem agricultor de um planeta desértico, descobre que carrega um legado ancestral e se junta à Aliança Rebelde para enfrentar o Império Galáctico e seu sinistro general, Darth Vader.
Na superfície, é uma jornada do herói. Mas, nas entrelinhas, Star Wars fala de identidade, destino, tentação, escolha, sacrifício e redenção. Cada filme reconfigura esse núcleo dramático — e o universo se expande com a chegada de personagens como Leia, Han Solo, Obi-Wan, Rey, Kylo Ren, Ahsoka e Grogu.
Toda a saga Star Wars está disponível no catálogo da Disney+
Por que Star Wars ainda importa?
Porque fala de revoluções — no espaço e dentro de nós. Fala de amor, perda, lealdade e luto. E, como toda boa mitologia, atualiza seus símbolos: sabres de luz viraram dilemas morais, a Força virou metáfora de equilíbrio interno, e os planetas distantes se tornaram projeções das nossas crises políticas e ambientais.
Star Wars é muito mais do que franquia: é rito de passagem, é reconciliação entre pais e filhos, é resistência e memória. Em 4 de maio, nos lembramos que a ficção também é uma forma de resistir — com coragem, empatia e imaginação.
#StarWarsDay