Nova série de Guy Ritchie invade o submundo do crime londrino
Famílias rivais disputam poder em um território marcado por alianças frágeis, violência estratégica e códigos de honra em decomposição.
Por LockDJ
Publicado em 14/05/2025 10:13 • Atualizado 14/05/2025 10:14
Entretenimento
Tom Hardy, Pierce Brosnan e Helen Mirren estrelam Terra da Máfia (Foto: Divulgação)

A equipe da Rádio VB já assistiu aos dois primeiros episódios de Terra da Máfia, nova série dirigida por Guy Ritchie que estreia no Brasil em 30 de maio pela Paramount+. Com uma narrativa marcada por tensões familiares, estratégias silenciosas e personagens de presença forte, a produção antecipa o retorno do diretor ao universo do crime organizado — desta vez em uma Londres dominada por alianças instáveis e lealdades à prova de fogo.

 

Nesta resenha, traçamos um panorama do que a série entrega já nos primeiros capítulos e do que promete desenvolver ao longo da temporada.

 

A produção, que já circula nos Estados Unidos desde março, traz para o centro da narrativa o submundo do crime londrino, onde famílias rivais disputam poder em um território marcado por alianças frágeis, violência estratégica e códigos de honra em decomposição.

 

A série articula sua força dramática por meio da figura do "consertador", personagem que representa o elo entre o poder oculto e a execução das decisões. Interpretado por Tom Hardy, o papel sustenta a tensão narrativa ao transitar entre a brutalidade e a fidelidade silenciosa, movendo-se entre os interesses de uma família em conflito constante com outra organização criminosa de influência internacional.

 

Hardy é acompanhado por outros intérpretes com ampla trajetória em personagens densos. Pierce Brosnan, Helen Mirren e Paddy Considine contribuem para a construção de figuras que não operam apenas na superfície da ação, mas que revelam estratégias, cicatrizes e responsabilidades herdadas. Os personagens ocupam zonas de ambiguidade moral, e é nesse terreno que a série desenvolve seu jogo de poder.

 

Guy Ritchie, reconhecido por obras como Magnatas do Crime e Snatch, emprega novamente seu estilo com direção marcada por ritmo fragmentado, diálogos rápidos e sequências de montagem que priorizam o impacto visual e o comportamento dos personagens em ambientes sob pressão.

 

O estilo do diretor não romantiza o crime: ele observa a engrenagem em funcionamento, expondo suas consequências e suas engrenagens políticas e afetivas.

 

O roteiro, conduzido por nomes como Jez Butterworth e Ronan Bennett, se vale de estruturas clássicas do gênero — guerras entre famílias, homens de confiança, traições internas — mas reorganiza esses elementos com uma lógica de tensão contínua. A série investe mais na presença dos personagens do que na exposição dos fatos, conduzindo o espectador por entre brechas e silêncios carregados.

 

A equipe de produção é ampla e agrega profissionais de trajetória consolidada na indústria audiovisual, incluindo o próprio Guy Ritchie, Tom Hardy e Keith Cox. A multiplicidade de produtores executivos indica um projeto com densidade financeira e criativa, buscando ocupar lugar relevante dentro do catálogo de séries criminais contemporâneas.

 

Terra da Máfia se apresenta, assim, como uma obra voltada à anatomia do poder em sua forma subterrânea, onde cada personagem carrega um passado e uma função tática dentro de um tabuleiro que nunca permanece estático. A estreia brasileira inaugura a possibilidade de observar, sob a lente de Ritchie, como a violência organizada ainda oferece um espelho deformado das instituições e das relações humanas.

 

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