Poucos nomes na história do rock carregam tanto peso simbólico quanto Led Zeppelin. O que muitos fãs não sabem é que a origem do título que marcaria uma das bandas mais influentes de todos os tempos nasceu de uma piada, e de um ceticismo que acabou se tornando profecia invertida.

A piada que mudou tudo

Em meados dos anos 1960, Jimmy Page conversava com Keith Moon, baterista do The Who, sobre a possibilidade de formar um novo supergrupo. Moon, sempre mordaz, duvidou do sucesso da empreitada e disparou: a banda “afundaria como um balão de chumbo”. A expressão — go over like a lead balloon — ficou na mente de Page.

Transformar a provocação em identidade foi o primeiro gesto de ousadia. Para evitar que “Lead” fosse lido como “lehd”, Page simplificou para Led. Estava ali o batismo perfeito: leveza e altura combinadas ao peso do metal. Uma síntese sonora daquilo que a banda ainda nem sabia que seria.

Dos New Yardbirds ao Zeppelin definitivo

Antes de se assumir como Led Zeppelin, o grupo ainda circulou em 1968 como The New Yardbirds, numa tentativa de manter viva a herança dos Yardbirds, banda da qual Page fazia parte. Mas a transição para Led Zeppelin não apenas marcou uma nova fase: inaugurou uma era de criatividade descomunal, shows explosivos e discos que redefiniram o rock.

Simbolismo, impacto e eternidade

O nome simboliza a imagem irresistível de um dirigível robusto, de estrutura pesada, cortando o céu com imponência. É a síntese perfeita da proposta da banda, com riffs densos, atmosfera grandiosa, melodias que soam como tempestades elétricas.

Com clássicos imortais como Stairway to Heaven, Immigrant Song e Kashmir, o Led Zeppelin ultrapassou a marca de 300 milhões de discos vendidos e foi incorporado ao Rock and Roll Hall of Fame em 1995.

Assim, uma piada despretensiosa se transformou em um dos nomes mais lendários da história da música. Prova de que, às vezes, o destino do rock começa com uma boa gargalhada.